Há muitas dificuldades no caminho da unidade das oposições em Goiás. Mas é fato que só depende dos oposicionistas a costura política para 2014. O adversário está abalado. Uma vantagem, em relação a 1998, quando da histórica virada no Estado, com a derrota do PMDB e a vitória de PSDB-PPB (hoje PP)-PFL (hoje DEM)-PTB. Naquele ano, os peemedebistas estavam inteiros, no auge do poder.
A conversa não será fácil. Iris Rezende (PMDB), Vanderlan Cardoso (sem partido), Júnior Friboi (PSB), Rubens Otoni (ou Antônio Gomide, prefeito reeleito de Anápolis, ou Paulo Garcia, de Goiânia), e quem mais se habilitar precisará do discernimento de quem tem como foco prioritário a vitória para saber avançar e recuar, até que o nome seja definido.
Caso todos se achem mais fortes que os outros e não se disponham a abrir mão do desejo, a disputa interna nessa base oposicionista será mais forte que a principal, contra o adversário real: o governador Marconi Perillo (PSDB) ou quem ele apoiar.
Subestimar a força e a capacidade de reação do tucano é um erro. Porém erro maior será a autofagia da oposição. O teste para se saber se esse grupo terá mesmo força para vencer virá justamente na condução do diálogo. Se começar bem, será um ponto positivo. Se avançar, será um sinal de que a união vai prevalecer. Se travar, será o início da derrota anunciada.
Se… Se bobear, a oposição perde de cara para seus próprios erros. Marconi nem terá de se preocupar em melhorar sua imagem.
Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).