Membros da gestão pública da capital iniciaram uma discussão com vereadores e líderes sindicais para se chegar a um consenso quanto ao projeto de Reforma Administrativa. A Prefeitura de Goiânia tem a intenção de extinguir pelo menos 10 secretarias.
Líderes sindicais participaram de reunião nesta quarta-feira (7) com o secretário de Finanças, Jeovalter Correia e outros membros da prefeitura. Jeovalter fez apresentação de um esboço da Reforma. Não foi informado até o momento qual a quantidade de recursos que a prefeitura espera economizar com a nova reforma administrativa.
Na apresentação feita aos servidores municipais, o secretário de Finanças, Jeovalter Correia não especificou quais secretarias serão extintas. Também não foi informado qual a quantidade de recursos que a prefeitura espera economizar com a nova reforma administrativa.
O jornal O Popular nesta quinta-feira (8) informou que a prefeitura tem a ideia de realizar a uniao de algumas secretarias.
Fusao das pastas de Assistencia Social com a de Politicas para Juventude e de Igualdade racial. Outra uniao seria da secretaria de governo com o gabinete civil e ainda a soma das áreas de cultura e turismo, esporte e lazer.
Após ouvir sindicalistas, vereadores da base também serão chamados para conhecerem o esboço da matéria. A ideia do Paço é de construir um projeto em conjunto com os parlamentares e com representantes dos servidores públicos.
A presidente do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Saúde Bucal, Maria de Fátima Veloso, entende que é preciso um detalhamento do que foi apresentado para os servidores. Para a dirigente, como os servidores tomaram conhecimento somente durante a apresentação e apenas de uma forma superficial, não há uma posição firmada sobre o assunto. Ela entende que precisa aprofundar as discussões.
“Nós queremos vários detalhamentos que infelizmente não nos foram esclarecidos nesta reunião. Estamos à disposição para contribuir. Mas da forma como foi colocado hoje há muitas perguntas ainda sem resposta”, argumenta Fátima Veloso.
A sindicalista avalia que não se pode chegar com uma proposta pronta e querer que os servidores concordem sem conhecer a fundo o tema. Ao Diário de Goiás, Maria de Fátima Veloso informou que foram apresentados superficialmente temas na reunião, como: situação de custeio, receita e despesa.
“Incorporações de gratificações, quinquênios também não foram tratados. O detalhamento precisa ser mais minucioso”, afirma Fátima Veloso.
Carreira dos servidores
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (Sindigoiânia), Carlos Alencar, entende que há interesse do sindicato há mais de 7 anos em ajudar a prefeitura com problemas envolvendo carreiras de servidores.
“No que reflete a questão de pessoal, nós manifestamos este interesse há mais de 7 anos. A prefeitura não tem um planejamento de pessoal, não tem uma política de vencimentos. Existem 9 planos de carreira e nenhum está sendo cumprido. Queremos ter uma discussão. Tem muita coisa embutida que ainda não nos falaram ”, destaca, Alencar.
Mudanças nas secretarias
Em 2008, a prefeitura contava com 17 secretarias. Em 2013 passou para 32. Hoje a estrutura da administração municipal conta com 26 secretarias, 4 destas extraordinárias.
No primeiro semestre do ano passado, o Paço enviou à Câmara um projeto de Reforma Administrativa. Na ocasião, secretarias e autarquias foram extintas. Foram cortados 737 cargos comissionados, além de horas extras. O município esperava economizar R$ 616 mil mensais e R$ 19 milhões anuais com a extinção dos comissionados e R$ 934 mil mensais e R$ 11 milhões anuais com o fim das pastas e suas estruturas. Somando todos os pontos da Reforma, a expectativa anual era de R$ 80 milhões mensais.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Goiânia comunicou que membros da administração municipal só comentarão o assunto, quanto o projeto estiver totalmente formatado.