07 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 19/01/2022 às 22:18

Despesas sociais e subsídio ao transporte tiram Goiânia da categoria “A” no Tesouro Nacional

Geraldo Lourenço, secretário de Finanças da prefeitura de Goiânia em entrevista a Altair Tavares do Diário de Goiás (foto Diário de Goiás)
Geraldo Lourenço, secretário de Finanças da prefeitura de Goiânia em entrevista a Altair Tavares do Diário de Goiás (foto Diário de Goiás)

A avaliação da situação financeira da Prefeitura de Goiânia pelo Tesouro Nacional vai tirar a cidade da categoria A para a categoria B, a partir de 2023. Nas contas de 2021, as despesas extras de R$263 milhões  provocaram que o saldo da poupança corrente de 91,61% fizeram que as contas da capital ficassem 1,61% acima do exigido pela entidade nacional.

A mudança de categoria não preocupa o secretário de Finanças por que ele é defensor das despesas sociais necessárias para o momento. Aliás, a criança do Renda Família Mulher partiu de proposta feita por ele.

As despesas de 2021 estão divididas em: R$70,8 milhões para a CMTC no subsidio para as empresas por causa da perda de passageiros e para o equilíbrio financeiro do contrato; R$5,5 de subvenção para o transporte; R$157,7 milhões de gastos com a Covid-19; R$29,5 milhões para custeio do renda família. Além disso, o município deixou de arrecadar R$2,02 milhões por causa do IPTU social.

Na prática, explica o secretário das Finanças Geraldo Lourenço, a prefeitura teve exigências financeiras extras em 2021 e não teve suporte do Governo Federal em relação à pandemia como em 2020. No último ano do governo de Iris Rezende, a ajuda manteve as finanças da capital na classificação A.

Os efeitos práticos da reclassificação não impactam as finanças da cidade, pois o município ainda tem alta capacidade de endividamento, explicou Lourenço, para o ano de 2.022.

No entanto, ele demonstra preocupação ao afirmar que tem solicitações de aumento de despesas para a saúde neste ano que ainda não estão resolvidas. Por causa da Covid, a secretaria da área precisa de mais R$100 milhões para aquisição de testes para atender à comunidade que busca o diagnóstico da doença. Uma das fontes esperadas para este ano seria a venda da folha de pagamento em R$200 milhões, mas a licitação foi suspensa e a administração trabalha para um contrato emergencial com a Caixa por mais seis meses.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .