A deputada federal Íris de Araújo (PMDB) divulgou nota para responder aos questionamentos feitos sobre a não participação dela no depoimento de Marconi Perillo (PSDB), na CPMI do Cachoeira.
Hoje, fiz a pergunta à deputada via twitter. Ela respondeu assim:
Nota à imprensa
A deputada Íris de Araújo (PMDB) decidiu não fazer questionamentos ao governador Marconi Perillo (PSDB) em depoimento dele ontem (12) à CPMI instalada no Congresso. A deputada já havia informado, previamente, a imprensa que não faria questionamentos ao governador.
Portanto, não procede a informação de que a deputada Íris de Araújo desistiu de questionar o governador de Goiás por temer que ele trouxesse a CPMI denúncias sobre seus adversários políticos em Goiás.
O ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende, em 16 de abril, afirmou em entrevista que pediu ao atual prefeito de Goiânia que mostrasse os contratos com a Delta e entregasse cópias a imprensa. Rezende disse que nada tinha a temer.
Ontem, o governador Marconi compareceu a Comissão exclusivamente para tentar explicar os graves indícios de ligação dele e de seu governo com o esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira. Portanto, não cabia a ele na CPMI atacar ou acusar adversários.
Porém, se o governador Marconi Perillo tiver denúncias a fazer, for portador de informações que comprometam autoridades públicas, adversários ou não, ele tem a obrigação de torná-las públicas, do contrário estaria prevaricando.
A decisão de Íris de Araújo de não questionar o governador de Goiás deve-se exclusivamente a um impedimento ético por ser adversária política do tucano em Goiás. “A CPMI não é palco para espetáculo, para jogar para a plateia,” considera a deputada. Questionamentos da deputada ao governador Perillo seriam vistos como uma disputa paroquial de Goiás.
Tal impedimento não ocorreu somente ontem. A linha de trabalho da deputada seque uma sequência firme e coerente. Íris de Araújo não foi autora dos requerimentos de convocação do governador e da quebra de seus sigilos.
Finalmente, a deputada Íris de Araújo considera insuficientes as explicações do governador de Goiás a CPMI. O governador apenas desconheceu as acusações e contou com uma claque para inibir o desempenho dos parlamentares e defendê-lo. A quebra de todos os sigilos sim é um gesto importante do governador para ajudar a provar, de fato, que ele não tem relação com a quadrilha de Cachoeira e que ela não ocupou postos em seu governo.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .