“A Polícia Civil só vai se manifestar quando nós tivermos o resultado final da investigação”. Foi a expressão mais usada pelo titular da DEIC, Kléber Toledo, em 2 minutos e 27 segundos de entrevista coletiva convocada pela polícia que teoricamente seria para apresentar informações do caso envolvendo a morte do prefeito de Matrinchã Daniel Antônio de Souza, e da esposa dele, Elizeth Bruno de Barros.
Leia abaixo como foi a entrevista coletiva concedida pelo titular da DEIC na manhã desta quarta-feira (12):
Repórter: delegado, quais são as novidades deste caso?
A Polícia Civil tem a obrigação legal, o dever legal de manter o sigilo necessário para o resultado das investigações e é isso que nós vamos fazer, enquanto nós não tivermos o resultado final e cabal do que realmente aconteceu em Matrinchã nós não vamos manifestar.
Repórter: Hélio Soyer confessou o crime delegado?
Delegado: Nós não vamos manifestar sobre o que aconteceu ou o que não aconteceu. Nós não confirmamos esta informação. Como eu disse a Polícia Civil só vai manifestar a imprensa quando nós tivermos o resultado final da investigação.
Repórter: Ele (Hélio Soyer) mesmo decidiu se entregar? Ele mesmo procurou a polícia? Como foi?
Delegado: Mais uma vez. O dever da imprensa é divulgar as informações, a Polícia Civil vai manter o sigilo necessário para o esclarecimento do fato.
Repórter: Por que divulgar as informações neste momento pode atrapalhar as investigações?
Delegado: Trata-se de um caso complexo, o trabalho de investigação envolve sigilo e, portanto se não for mantido o sigilo que é necessário para a investigação nós podemos colocar tudo a perder. A responsabilidade da Polícia Civil é com o esclarecimento do fato e não com a prestação de informação neste momento.
Repórter: Vocês estão trabalhando com as mesmas linhas ou apareceram linhas novas de investigação?
Delegado: Mais uma vez eu vou dizer nós vamos nos manifestar sobre a investigação apenas ao final?
Repórter: O que já foi descartado?
Delegado: Nós vamos manifestar apenas ao final da investigação.
Repórter: Doutor, ele (Soyer)está preso em Goiânia ou Rubiataba:
Delegado: Mais uma vez, não vou manifestar sobre a investigação.
Repórter: O que o senhor pode dizer a respeito? O senhor fala e a gente não pergunta nada.
Delegado: Não posso dizer nada a respeito do caso, tão somente que estamos trabalhando. No que for necessário e possível de ser feito será feito e com o resultado da investigação, nós vamos chamar vocês para apresentar este resultado.
Repórter: Está perto de concluir?
Delegado: Nós não podemos estabelecer o prazo, pois como já disse é uma investigação complexa e ao final quando chegarmos a bom termo, nós vamos dar esta notícia.
Repórter: Delegado além desta fala do senhor que irá se manifestar ao final da investigação, o que pode ser divulgado, o que a Polícia Civil pode dizer neste momento para as pessoas que estão apreensivas?
Delegado: O que nós podemos dizer é que nós vamos nos manifestar ao final da investigação sobre o resultado daquilo que foi apurado.