A queda na reprovação (Péssimo/Ruim) do governo da presidente Dilma Roussef repete-se por duas rodadas seguidas, segundo a pesquisa DataFolha – divulgada pela Folha de São Paulo – neste domingo, 20. Em agosto a reprovação era de 71%, caiu para 67% em novembro e agora, na nova rodada de dezembro, para 65%. O índice ainda é alto para qualquer pretensão de recuperação.
No inverso, o indice de aprovação – aqueles que consideram o governo ótimo ou bom – à administração da presidente saiu de 8% em agosto, foi para 10% em novembro e, na última rodada de 2015, subiu cresceu para 12%. O crescimento ainda não é o ideal, mas demonstra uma possibilidade de reversão do quadro.
Segundo o Datafolha, há indices na estratificação que mostram um crescimento vertiginoso da aprovação da presidente em algumas faixas do eleitorado pesquisado, segundo a metodologia.
Entre os eleitores de 45 a 54 anos, a aprovação ao governo da presidente Dilma saltou de 8% para 15% da penúltima rodada (agosto/15) para a última rodada (dezembro/15).
Entre os eleitores com mais de 60 anos o salto foi maior: 13% para 21%. Entre os eleitores mais jovens, de 18 a 24 anos, a aprovação da presidente está estagnada em 5%.
Por região, o dado mais significativo foi o crescimento da aprovação do governo da Presidente Dilma Roussef na região Nordesde, pois saltou de 10% para 17%.
Mudanças
O Datafolha identificou, ainda, uma queda no índice de eleitores que consideram que a presidente Dilma Roussef deve renunciar ao cargo, apesar do assunto não aparecer, nem de longe, nas pretensões da chefe do Poder Executivo. O índice caiu de 62% para 56%. No inverso, subiu de 34% para 41% o percentual de eleitores que avaliam que Dilma não renunciará.
No caso do processo de impeachment instaurado pela Câmara dos Deputados, os eleitores pesquisados pelo Datafolha também demonstram uma tendência de declínio da expectativa de afastamento da presidente Dilma. Quando a empresa perguntava se a Câmara dos Deputados deveria instaurar o processo, 65% diziam que sim.
Agora, com o processo em andamento, a pergunta mudou para perceber se os deputados deveriam votar pelo afastamento da presidente, 60% disseram que sim, 34% disseram que não, 3% se mostraram indiferentes e 3% disseram não saber.
Desejada cassação de Cunha
Diante de toda a polêmica sobre contas na Suiça e manobras para instaurar a comissão do impeachment, o Datafolha perguntou se a Câmara dos Deputados deveria cassar o mandato de Eduardo Cunha. 82% dos eleitores pesquisados disseram que sim enquanto apenas 8% disseram que não. Ou seja, a reprovação a Cunha é muito maior do que em relação à presidente Dilma Roussef.
Metodologia
A pesquisa Datafolha ouviu 2.810 eleitores brasileiros em 172 municípios, entre os dias 16 e 17 de dezembro de 2015. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .