28 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 09/10/2019 às 20:53

Críticas de nota de empresários contra CPI provocam efeito contrário

Aidar e Sandro: Encontro só no fim da CPI (Fotos divulgação ALEGO e FIEG)
Aidar e Sandro: Encontro só no fim da CPI (Fotos divulgação ALEGO e FIEG)

A divulgação de uma nota paga na capa do jornal O Popular, assinada pelo Fórum das Entidades Empresariais, causará um efeito inverso ao que o conteúdo pretende. No documento, os autores cobram que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos incentivos e benefícios fiscais abra espaço para o presidente da Federação das Indústrias de Goiás (FIEG), Sandro Scodro (ou Mabel), seja ouvido. O Legislativo vai reagir de forma institucional.

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“Esperamos da Comissão uma atuação séria e responsável, baseada em dados técnicos e sem o cerceamento       político a empresas e indivíduos”, diz a nota.

De forma mais dura, o Fórum Empresarial diz que “repudia os ataques gratuitos à reputação das empresas e das pessoas que nelas trabalham, bem como a suspeição sobre sobre o trabalho de servidores do Estado na aprovação e fiscalização dos incentivos”, criticou duramente o FEE.

Consultado pelo Diário de Goiás, o deputado Humberto Aidar (MDB), relator da CPI, reafirmou que tem a convicção de que está no caminho certo e de que a nota não consegue pressioná-lo a nada.

“Não nos intimida, de forma alguma, pelo contrário, isso me motiva a continuar o trabalho e eu tenho convicção que estou no caminho certo. Se você faz uma CPI e não incomoda ninguém ela é uma CPI inócua. Quando começa a incomodar dessa forma, mesmo conduzindo a CPI com tranquilade, e recebe esse fogo é porque estou no caminho certo. Vamos seguir firme”, disse o deputado do Diário de Goiás na manhã desta quinta, 10.

Repercussão na presidência

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), deputado Lissauer Vieira, afirmou que “não ficará sem resposta, não”. Ele foi alertado pelo deputado Aidar e o Poder Legislativo fará uma resposta conjunta sobre o fato.

Como efeito, a divulgação feita pelo Fórum Empresarial servirá para unir o Legislativo em torno da defesa da CPI e de seus condutores. Além disso, esticará, ainda mais, o prazo de convocação do presidente da FIEG para depoimento.

Ele está firme na posição de útimo da fila.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .