07 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 09/05/2012 às 20:05

Crise e mudanças no governo Marconi

O movimento de mudanças na estrutura do primeiro escalão do governo Marconi Perillo (PSDB) vai atingir qual nível? Até que ponto a péssima avaliação da administração vai interferir nestas mudanças?

Se o problema de imagem do governo Marconi Perillo tem participação direta da área da comunicação e publicidade desta administração, o resultado conseguido, até agora, tem responsáveis.

Se a percepção da administração fosse positiva, quem levaria o prestígio? Pois, então, há uma crise provocada pelo índice de 48,9% (SERPES) de ruim e péssimo na avaliação do eleitor goianiense e alguma coisa deve ser feita. Ou, o que já está negativo, vai piorar. É fato que Marconi Perillo superou Alcides Rodrigues na avaliação negativa e aquele era um governo criticado por não se comunicar bem e investir pouco em publicidade.

Então, quem vai para a AGECOM – Agência Goiana de Comunicação – neste ambiente de mudanças?

Nos bastidores, auxiliares de Marconi Perillo dizem abertamente que as mudanças na administração serão “mais profundas do que muita gente imagina”.

Há muitos rumores de que, para a AGECOM, o nome é o do estrategista reconhecido Carlos Maranhão, que hoje está na METROBUS. Aliás, um ponto em que o governo pode ter avaliação positiva, como no IPASGO, que entrou nos rumos do equilíbrio. Outro nome citado é do jornalista Isanulfo Cordeio, que hoje está na Assessoria de Imprensa do governador, e que ganhou prestígio na gestão da crise da Operação Monte Carlo.

Outro ponto que Marconi perde para Alcides é no campo da política. Comunicação ruim, e política de menos, resultaram em um governo com final melancólico. Para Marconi, a comunicação não anda e a política patina na falta de uma amarração que crie unidade na defesa do governo e do governador, como em outros tempos.

Não é a toa que uma das dificuldades dos marconistas hoje repetir feitos de outrora, quando tudo era feito em nome do governador e em nome de seu engrandecimento como líder. Hoje o que se vê é um secretariado em silêncio, com medo de defender o governo e o governador. Tão difícil está a situação que é preciso cobrar dos auxiliares que se defendam e defendam seu chefe maior.

Reflexo da instabilidade política do governo está também no interior. Antes, a disputa era para ver quem teria Marconi em seu palanque. Hoje, a luta é para ver como se livrar dele para não ter de responder pelo legado de Cachoeira e cia. Há notícias, inclusive, de desistências de candidaturas por conta dos últimos acontecimentos.

Sem se comunicar e sem fazer política eficiente, o governo não anda. E o governador só poderá ver seus índices piorarem. E a tragédia política pode ir mais fundo, com o fim dos tempos, novos.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .