22 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 15/08/2024 às 22:53

Copos da Serrinha e o Racismo no Engenhão

Estádio Hailé Pinheiro (Foto - Rosiron Rodrigues)
Estádio Hailé Pinheiro (Foto - Rosiron Rodrigues)

Jogo já nos acréscimos, classificação assegurada para o São Paulo na Copa do Brasil e o zagueiro Alan Franco em uma atitude desrespeitosa, chutou a bola em direção a torcida do Goiás no confronto diante do São Paulo na Copa do Brasil. Na sequência o atacante esmeraldino, Thiago Galhardo, decidiu ser o ‘xerife’ das quatro linhas e foi tirar satisfação com o adversário.

Empurrões, dedo na cara, tapas, xingamentos e vermelho para os brigões. Tudo bem perto da torcida do Goiás que ficou inflamada com o cenário. Muitos copos foram arremessados no gramado. Um deles chegou a acertar o goleiro Rafael, do time paulista.

Resultado: Súmula carregada contra o Goiás que vai para pauta do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Pode até perder mando de campo, o que seria uma tragédia para o clube que briga pelo acesso para Série A do Campeonato Brasileiro e que tem excelente aproveitamento como mandante. A bola agora com o departamento jurídico do Verdão.

Além de trabalhar para escapar de uma punição, o Goiás começa a tomar atitudes para coibir o comportamento inapropriado do torcedor, que por consequência prejudica a agremiação. Torcedores que foram identificados jogando objetos na partida diante do São Paulo, estão sendo punidos.

Os que fazem parte do plano sócio torcedor – estão tendo seus contratos cancelados e consequentemente ficam proibidos de frequentar o Estádio Hailé Pinheiro. É uma medida que para alguns parece radical, mas para outros é bem compreensível.

O Goiás acerta ao tomar providências, até porque isso vai ajudar a defesa no STJD. Mostra que o clube não é complacente com a situação e que está punindo as pessoas que cometeram o ato, que é proibido e de conhecimento geral.

Racismo

No jogo entre Botafogo x Palmeiras pela Copa Libertadores. Um torcedor do time carioca foi flagrado fazendo gestos racistas. O cidadão perdeu o emprego e está banido dos jogos do Fogão. É radical a posição – porque a pessoa poderia pegar um gancho de uns dois anos e neste período rever seus conceitos e comportamentos. Agora uma punição para sempre é um exagero.

Essa é outra discussão. Agora o que merece aplausos é o fato dos clubes acordarem. Não serem cúmplices de baderna ou atos criminosos. É preciso se posicionar – Goiás e Botafogo marcaram território – que outros sigam os exemplos.