Nos dias 17 e 23 de novembro houve uma vitória para o consumidor. Nesse período, o litro do Etanol passava da faixa dos R$ 3,00. No período citado, duas decisões judiciais determinaram a redução do preço do litro do Etanol em 156 postos de combustíveis de Goiânia, fazendo com que os proprietários dos estabelecimentos retornassem a margem de lucro praticada no mês de junho deste ano. 15 dias se passaram e os preços voltaram a subir.
No final de novembro era possível encontrar postos que cobravam por R$ 2,45 o litro do etanol. Hoje a situação é diferente. Desde o dia 17 de novembro, a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ) divulga diariamente no site do órgão a tabela de preços do etanol, da gasolina e do óleo diesel. Os últimos dados são referentes a esta quarta-feira (6).
Os preços mais baratos do litro do etanol na capital, segundo a tabela, é de R$ 2,57 em um posto no Setor Criméia Oeste, R$ 2,63 na Vila Mauá, R$ 2,66 em um estabelecimento no Jardim Novo Mundo e R$ 2,67 em um posto no Conjunto Vera Cruz, região oeste da cidade. O valor mais barato para o litro da gasolina comum é de R$ 3,99 no Setor Criméia Oeste e R$ 4,00 no Jardim América.
O que se percebe é que em novembro boa parte dos postos cobrava pelo litro do etanol entre R$ 2,69 e R$ 2,74. Hoje de acordo com dados da Sefaz, a média subiu e a variação ficou entre R$ 2,74 e R$ 2,79. O preço havia baixado por determinação judicial, a época a população comemorou. Os donos de postos representados pelo Sindiposto, colocaram a culpa na Petrobrás no caso da gasolina. Em relação ao etanol, reclamaram do congelamento da margem de lucro.
Com a redução de preços em um primeiro momento, a população não só comemorou, mas silenciou. Veículos de imprensa deixaram de comentar o assunto. A Justiça não julga de forma definitiva os processos. Demandas de 2015 ainda estão no judiciário goiano. De forma silenciosa, os preços voltam a aumentar.
Não é uma elevação considerada abusiva pelo consumidor, como a que foi vivenciada pelo consumidor em outubro, mas é preciso destacar que já houve reajuste, ainda que pequeno. O preço de combustível não afeta apenas quem anda de carro, o valor praticado nas bombas serve de parâmetro para inflação e tem reflexo em toda uma cadeia produtiva, incluindo o preço dos alimentos que pagamos nos supermercados. A redução foi boa para o bolso, mas deu um passaporte ao consumidor para o comodismo e uma confortável situação para donos de postos elevarem os preços.
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