Com apenas 24 horas de campanha, a torcida do Corinthians arrecadou R$ 7,4 milhões para ajudar no pagamento da dívida do clube com sua arena. O valor já é maior e pode ser consultado através do site: https://www.doearenacorinthians.com.br – O dinheiro arrecadado na campanha promovida por iniciativa da torcida, até o momento é muito pequeno em relação ao total da dívida que é de R$ 700 milhões junto a Caixa Econômica Federal.
Só que toda a ajuda é bem vinda e a principal lição que fica é mostrar a força do futebol e o impacto que ele tem nas pessoas. Seja qual a importância destinada para campanha por parte de cada pessoa, é um ato de paixão e preocupação com o clube.
Vai ter quem fale que esse tipo de iniciativa deveria acontecer para ajudar pessoas necessitadas. Eu concordo, mas lembro que o povo brasileiro é bastante engajado na ajuda ao próximo. A tragédia recente, causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul foi uma demonstração.
Voltando a ação promovida pela fiel corinthiana e imaginando a necessidade de Goiás, Atlético e Vila Nova melhorarem a estrutura dos seus estádios. Será que por aqui existiria um engajamento de esmeraldinos, rubro-negros e colorados? É óbvio que o tamanho das três torcidas goianas não se compara ao Corinthians, que é um clube de alcance nacional.
Porém por aqui não imagino números expressivos como o exemplo do Corinthians. Tem torcidas apaixonadas pelos clubes goianos, mas com pouco engajamento. Para isso basta dar uma olhada no ranking de comparecimento nos estádios no Campeonato Brasileiro.
Para se ter uma ideia – nosso clubes não figuram entre as 20 principais torcidas no Campeonato Brasileiro. Isso pegando todas as divisões da competição nacional. O Atlético é o melhor colocado e está na 24ª posição com média de 7.399 pagantes do por jogo. O Goiás é o 31º com 5.752 – enquanto o Vila Nova aparece na 34ª colocação com média de 5.428 em cada partida.
Um marketing competente e uma boa campanha publicitária poderia mudar o jogo e mobilizar várias pessoas. Difícil imaginar isso dos clubes, com exceção do Vila Nova que em alguns momentos nos últimos anos, conseguiu bom engajamento.
Por aqui o torcedor quer projetos mais audaciosos dentro das quatro linhas. Mais ambição por parte dos clubes. A partir daí, acredito que ele estará pronto para um maior engajamento. Enquanto o discurso for de ‘voto de probreza’ dos dirigentes, que nunca tiveram tanta receita na história, o apoio das arquibancadas será pequeno.