Neste final de semana vários clássicos movimentaram o futebol brasileiro. Entre eles, o mais importante foi disputado em Belo Horizonte, por dois clubes paulistas. A Arena MRV foi palco do confronto São Paulo x Palmeiras pela decisão da Supercopa do Brasil. O tricolor venceu nos pênaltis e ficou com o título.
Torcedores dos dois clubes marcaram presença no clássico que teve uma arrecadação de R$ 7,7 milhões de reais – a maior neste início de temporada no Brasil. O público presente foi de 42 mil torcedores.
Também na Arena MRV, com apenas torcedores do Atlético Mineiro, o Cruzeiro venceu o clássico por 2 a 0. Público de 42 mil torcedores com 2,5 milhões de arrecadação.
O maior público do final de semana foi no clássico Vasco da Gama x Flamengo, que terminou em um empate sem gols no Maracanã. 56 mil torcedores proporcionaram uma renda de R$ 2,7 milhões. Cruzmaltinos e rubro-negros estiveram presentes na partida.
Os números mostram que existe um oceano de distância para nossa realidade no futebol. No Campeonato Goiano a maior arrecadação foi registrada no clássico Goiás 0x0 Vila Nova neste início de temporada. R$ 157 mil reais para um público presente de 11.910 torcedores.
Mas é injusta a comparação com clubes grandes do futebol nacional. Tudo bem. Vou trazer um exemplo de dois times que não são gigantes no cenário brasileiro: Paysandu x Remo no Estádio Mangueirão com duas torcidas. Público de 48 mil pessoas e um renda de R$ 2,4 milhões.
O que fazer?
Bola para os nossos dirigentes. Não é admissível que tenhamos tão pouca gente consumindo nosso futebol que conta com um time na Série A do Brasileirão e dois na Série B.
Melhores contratações, times mais competitivos e com maior ambição. É claro que se tivéssemos o Serra Dourada com estrutura para receber duas torcidas, um clássico como Goiás e Vila Nova poderia levar o dobro do público e da arrecadação. Mesmo assim é muito pouco, comparado com centros como Pará, Pernambuco, Bahia e Ceará.
Ficar de braços cruzando lamentando e utilizando desculpas, só vai aumentar a distância.