07 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 13/02/2022 às 19:58

Com foco no Senado, Henrique Meirelles vai deixar a Secretaria da Fazenda no fim de fevereiro

Henrique Meirelles mira investimentos na industrialização de Goiás (Foto: Divulgação)
Henrique Meirelles mira investimentos na industrialização de Goiás (Foto: Divulgação)

Pré-candidato ao Senado Federal por Goiás pelo PSD, o economista e secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles, tem passado por uma bateria de entrevistas ao longo dos últimos dias à imprensa goiana. Alguns questionamentos são recorrentes: quando o economista irá se descompatibilizar de seu cargo, dedicando-se exclusivamente à pré-campanha e o segundo: cumprirá o mandato, se eleito?

Sobre a primeira questão, Meirelles sempre reitera que há tempo para a descompatibilização e reforçou isso em entrevista à Rádio BandNews FM de Goiânia, na última quarta-feira (09/02). Ele ressaltou que tem “como norma concluir um trabalho bem feito e entregar uma missão realizada, não sair correndo, não sair pelo meio, precipitadamente”.

De modo que, só irá se descompatibilizar após toda a transição feita.“Então, a ideia é terminar minha gestão até o final deste mês, para me dedicar exclusivamente à pré-campanha em Goiás”. Enquanto prepara o caminho para seu sucessor em São Paulo, ele mantém diálogo constante com lideranças goianas.

Mas, se eleito, vai cumprir o mandato? Afinal de contas após as eleições de 2002, quando foi eleito deputado federal o economista deixou de assumir o mandato para presidir o Banco Central, a convite do recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sobre essa decisão, ele argumenta que no BC pôde fazer muito mais por Goiás e pelo Brasil do que poderia fazer na Câmara dos Deputados.

“O político não existe e não é eleito para simplesmente cumprir uma missão, uma burocracia. Eu não saí para exercer um cargo a serviço do Governo Federal, eu saí para servir o meu estado e o país, num cargo em que eu teria condições de servir muito mais a Goiás, aos goianos e ao Brasil”, explicou à BandNews, destacando que, durante sua gestão, 350 mil empregos foram criados em Goiás e um milhão de goianos saíram da pobreza.

Segundo o pré-candidato, “isso é resultado de um trabalho bem feito, um espírito público, porque trabalhei para Goiás e para o país, não foi para o Governo Federal, que é simplesmente uma instituição que serve o povo”. “Como deputado, eu teria condições de fazer só uma parte, uma pequena parte do que eu tive oportunidade de fazer como presidente do Banco Central e de beneficiar o estado de Goiás de uma forma que dificilmente como parlamentar eu teria condição de fazer”.

Sobre a postulação ao mandato de senador nas eleições deste ano, ele avalia que o Brasil passa por um momento em que o parlamento está numa posição de maior relevância e, na medida em que o país voltar a crescer, uma série de reformas deverão ser aprovadas no Congresso. Nesse sentido, o papel do Senado será fundamental.

“Quero colocar minha experiência a serviço de Goiás, para promover as reformas e trazer investimentos públicos e privados para beneficiar os goianos. As pesquisas estão mostrando um cenário muito favorável e eu estou muito animado e motivado a ajudar ainda mais o meu estado”, analisa Meirelles.

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .