Está ocorrendo na Câmara Municipal de Goiânia, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga possíveis irregularidades que podem ter ocorrido na Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMT). Em algumas entrevistas, o atual titular da pasta e vereador licenciado, Felisberto Tavares (PR) reclama da situação em que encontrou o órgão, com estrutura sucateada. O ex-secretário e atual presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Andrey Azeredo (PMDB), discorda de pontos apresentados por Felisberto.
Para Andrey Azeredo, um dos pontos que provocam “engessamento” na SMT é a Conta Única do Município, aprovada em dezembro de 2014 pela Câmara Municipal de Goiânia. Ele ressalta que os recursos originados de multas demoram retornar a SMT, por conta do instrumento da Conta Única. Ele fez críticas ao vereador licenciado e atual secretário.
“Agora não se resume ser agência ou ser secretaria. O que se tem que aprofundar e precisa ter conhecimento para não ficar falando bobagem igual a muitos falam por aí, é que hoje existe a conta única do Município de Goiânia e essa única foi aprovada aqui na Casa por quem hoje é secretário e fica falando que não tem dinheiro e que teve desvio. Ele aprovou a conta única. E é a conta única que faz com que a secretaria não tenha o recurso que é proveniente das multas a tempo e a hora como seria o correto. Esse é o cerne da questão”, declarou.
Questionado pelo Diário de Goiás sobre o assunto, o secretário municipal de Trânsito, Felisberto Tavares, não concorda com as declarações do presidente da Câmara, Andrey Azeredo sobre o assunto. Ele declara que no mínimo gestores anteriores foram irresponsáveis na administração da SMT.
“Não estou dizendo que houve desvio do recurso da secretaria. Eu sempre disse e vou continuar dizendo que no mínimo a secretaria foi mal gerida, não é razoável deixar a secretaria dessa relevância no estado que peguei devendo todos os fornecedores, está aí o estado que todos sabem. Agora de quem é a culpa não sei. Não posso apontar. Agora uma coisa afirmo, foi no mínimo irresponsável deixar a secretaria como está. Quando aprovamos a questão da conta única, a gente aprova de forma globalizada”, argumentou.