O presidente do Goiás Esporte Clube, Sérgio Rassi, divulgou uma carta em que a temporada 2014.
No texto fica clara a insatisfacação dele com a realidade financeira do clube. Num dos pontos, considera o título goiano do Atlético injusto. Ele classifca de vergonhosa a campanha do time na Copa do Brasil.
Também lamenta o fato de o time apenas participar do Campeonato Brasileiro.
Leia a carta:
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“À torcida esmeraldina!
Encerra-se o ano de 2014. Ano de dificuldades, privações e sacrifícios. Por conseguinte, ano de decepções no aspecto futebolístico. Decepções estas, que poderiam ser maiores, acreditem.
Perdemos Campeonato Goiano de modo trágico e injusto: invictos e com maior número de pontos corridos, com resultado favorável até 48 minutos do segundo tempo!!
Campanha ridícula na Copa do Brasil!!
Participação de coadjuvante ( mais uma vez…) no Campeonato Brasileiro, apesar de em nenhum momento termos passado por risco de rebaixamento, o que é /”pensar pequeno/”, mas factível em nosso atual cenário.Cenário não criado em nossa gestão, mas construído ao longo dos últimos anos, de modo irresponsável e inconsequente, onde não se respeitou premissa básica de qualquer cartilha de economia, qual seja, /”não gastar mais do que se arrecadar/”. Dívidas fiscais escandalosas, ações trabalhistas a perder de vista, déficits financeiros crescendo em progressão geométrica mês a mês.
Ao tomarmos posse, assumimos o compromisso moral e de honra de resgatarmos o bom nome do Goiás, como de outrora, apesar de incorrer no risco de maus resultados no campo.Neste ano, a contra gosto, tivemos que priorizar a questão financeira, ou seriamos mais um dos que endividariam o clube. Medidas tomadas que não chegavam aos ouvidos ou às vistas de nossos torcedores. Interpretadas, às vezes como /”falta de audácia em contratações/” ou de /”vontade de conquistar títulos nacionais/”…
Em 2014 limitamos a folha salarial em 50.000 reais, restringimos contratações e incentivamos o ingresso de atletas da base ao time principal. Saldamos ainda varias dívidas antigas que se avolumavam. Conseguimos acesso ao plano Refis 2, que irá nos abrir a porta para grandes patrocinadores em 2015 e a captação dos incentivos fiscais de várias empresas – programa Próesporte, o que não foi viável este ano.Compreensivelmente, para agravar esta situação, tivemos baixas arrecadações nos jogos em casa, o que nos obrigou a fazer duas partidas em outras praças, para saldarmos nossas obrigações. Medida esta, totalmente alheia a nossa vontade, mas inevitável.
Finalmente, como que se /”desgraça pouca fosse bobagem/”, tivemos a maior parte de nossa receita (direito de imagem pela TV) comprometida por antecipações feitas em gestões anteriores.Tenho por princípio a transparência e boa intenção de minhas ações! Sacrifico família, profissão e vida pessoal para, sem nenhum ônus, repito, nenhum ônus, conduzir o clube que amo pelos melhores caminhos. Poucos nos ajudam nesta tarefa. Muitos parecem torcer pelo fracasso…
Se não os dei orgulho e alegria neste ano, me desculpem, mas não fora por falta de vontade ou desatenção.
Coloco-me à disposição para qualquer critica ou conselho, desde que vindos de nosso VERDADEIRO torcedor.
Tenham final de ano com muita saúde, harmonia familiar e plenas realizações! Sempre com a benção de nosso Deus!
Que venha um 2015 melhor!
Sérgio Rassi”