“O futebol é dentre as coisas menos importantes, a mais importante.” Essa frase é do ex-técnico italiano Arrigo Sacchi que comandou o Milan no início da década de 90 e também a Seleção da Itália na Copa do Mundo de 1994. Na oportunidade, foi derrotado pelo Brasil na decisão disputada nos Estados Unidos.
A frase é de fácil entendimento para quem gosta do esporte. É lógico que existem muitas coisas na vida que tem mais representatividade para o nosso dia a dia como saúde, educação, moradia e por aí vai.
Só que o futebol é para muitos, algo que é carregado para toda vida. Do berço ao túmulo. Você escolhe um clube e se envolve com ele. Quando ele ganha seu humor é um. Quando perde é outro.
Esse sentimento também vem a tona quando a Seleção Brasileira está em campo. Principalmente quando é tempo de Copa do Mundo. Já vibramos e choramos com vitórias e derrotas ao longo do tempo.
Vestir a amarelinha sempre foi um ritual de muitos torcedores. Só que isso está mudando. A camisa número um do Brasil foi associada ao movimento bolsonarista e a exemplo da política acabou dividindo opiniões.
É algo que pegou. Quando tem uma pessoa vestida com a camisa, é natural fazer a ligação.
As imagens da invasão e destruição das estruturas do Palácio da Alvorada, Congresso Nacional e Superior Tribunal de Federal, mostraram inúmeras pessoas com a camisa do Brasil.
O fato incomoda a CBF que divulgou nota destacando ser uma entidade apartidária e que a camisa amarela é símbolo de alegria para o nosso povo. O presidente Ednaldo Rodrigues vai procurar a Nike – fornecedora de material esportivo – para encontrar uma solução.
O dirigente está incomodado com a associação da imagem com o movimento.
Essa simbiose deixa a camisa da Seleção Brasileira em estágio de condenação e vai demorar muito tempo para se libertar.