27 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 10/01/2024 às 08:30

Caiado: fevereiro será mês-chave para articulações; batida de martelo só nas convenções

Nas palavras de Caiado, fevereiro será referência para sua base de partidos ter mais claro o nome do pré-candidato a prefeito de Goiânia. Foto: Ronaldo Caiado. Créditos: Secom do Governo de Goiás
Nas palavras de Caiado, fevereiro será referência para sua base de partidos ter mais claro o nome do pré-candidato a prefeito de Goiânia. Foto: Ronaldo Caiado. Créditos: Secom do Governo de Goiás

Nas palavras do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), fevereiro passa a ser uma referência para sua base de partidos aliados tenha mais claro o nome do pré-candidato – é possível candidato – a prefeito de Goiânia.

Na filiação de lideranças ao seu partido, nesta terça-feira, 9, ele apontou o mês como marco e mostrou que tem em mente o desafio histórico de, como governador, eleger o prefeito de Goiânia, coisa que Marconi Perillo (PSDB), por exemplo, não conseguiu mesmo governando Goiás por quatro mandatos.

Caiado não citou nomes. Hoje, a sua base tem Jânio Darrot (com um pé no MDM e outro no UB) empresário e ex-prefeito de Trindade, e Bruno Peixoto (UB), presidente da Assembleia Legislativa, como pré-candidatos. Bruno é o mais ativo, ocupando espaços e insistindo em lançar-se na disputa.

O governador disse que pode apoiar qualquer nome, desde que seja de um partido de sua base. Isso deixa em aberto a possibilidade de o escolhido não ser do MDB e do UB. Outra declaração de Caiado que mostra que a eleição de prefeitos – Goiânia em especial, segundo ele – terá agora prioridade: de manhã reuniu-se com Daniel Vilela “por mais de duas horas”.

Além de vice, Daniel é presidente estadual do MDB e deve assumir o governo, em abril de 2026, quando Caiado deverá sair para tentar ser candidato a presidente da República. Daniel busca uma base política sólida de palanques no interior para sua candidatura à reeleição e Caiado, ampliar sua liderança no Estado.

Caiado anunciar fevereiro como ponto-chave nas articulações, no entanto, funciona mais como uma forma de ganhar tempo. No mesmo mês, teremos Carnaval e nos mês seguinte, a janela para políticos trocarem de partidos. Ou seja: ambiente pouco propício para definições.

Põe esta razão, ele brincou: batida de martelo mesmo em nomes e apoios, só no final de julho e início de agosto, período das convenções. Até lá, tudo pode acontecer, inclusive ‘desacontecer’ também.

Vassil Oliveira

Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).