A Prefeitura de Goiânia pretende iniciar ainda neste mês as primeiras intervenções na região do Terminal Isidória no Setor Pedro Ludovico. No entanto, algumas ações ainda não estão totalmente definidas, por exemplo, o local do terminal provisório, já que a estrutura atual será demolida e reconstruída em outro padrão.
De acordo com o Secretário Extraordinário da Unidade Executora do BRT, Ubirajara Alves Abud, as intervenções na parte sul do BRT deveriam ser realizadas inicialmente na região da Vila Brasília. No entanto, foi descoberta uma rede de fibra óptica. Ainda não há uma definição o que deve ser feito. Por este motivo decidiu-se iniciar as obras na região do Setor Pedro Ludovico até a Praça Cívica.
Pelo projeto está prevista a construção de uma trincheira no cruzamento das Avenidas Tapajós e São Paulo na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia. De acordo com Abud, estudos estão sendo feitos junto à empresa de telefonia OI para que se tome uma decisão ao que fazer em relação à rede de fibra óptica.
Já na parte norte, a Prefeitura de Goiânia pretende iniciar em outubro ações entre a Avenida Perimetral Norte até a região do terminal Recanto do Bosque. Além disso, segundo Abud, continuam as ações na Avenida Goiás Norte.
“Hoje o principal impacto nas obras foi a constatação que a rede de fibra óptica que passa na Rio Verde até a Tapajós, onde pretendíamos iniciar a construção de uma trincheira, não é uma rede normal, é uma rede carregada, que demanda um estudo mais aprofundado junto a empresa OI e talvez a obra demore um pouco mais do que a gente estimava. Então enquanto não se define qual procedimento adotar, vamos continuar a frente da Goiás Norte e abrir duas frentes uma do terminal Izidória até a Praça Cívica e outra da Perimetral Norte até o Recanto do Bosque”, destaca Ubirajara Abud.
Questionamentos
No dia 31 de agosto do mês passado, o promotor de Justiça Marcelo Fernandes de Melo propôs ação civil pública contra o Estado de Goiás, a Prefeitura de Goiânia e a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) solicitando a paralisação imediata das obras de implantação do sistema Bus Rapid Transit (BRT) Corredor Goiás Norte/Sul. No entanto, a Prefeitura de Goiânia alega que a obra possui licença ambiental expedida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).
De acordo com Ubirajara Abud, a prefeitura aguarda decisão da justiça quanto a uma possível paralisação da obra. Ele argumenta que não havia necessidade para apresentação do o Estudo de Impacto Ambiental (EIA RIMA).
“Quem vai decidir é a justiça, mas me parece que o processo já foi devolvido para o Ministério Público de Goiás para que instruísse melhor. Estamos aguardando e confiantes que não haja nenhuma interrupção. Entendo que o Ministério Público cumpre a função dele, mas nós entendemos que não há necessidade do EIMA RIMA que é um estudo demorado, longo, que só é adotado em casos de agressão ao meio ambiente, o que não é o caso”, avalia Abud.