O presidente Michel Temer (PMDB) continua caindo. Não chegou ao chão. Muita gente torce para que ele, em vez de bater em terra firme, voe. Tudo é possível.
Impossível foi, para os responsáveis pela segurança em Brasília, prever o tamanho da manifestação que acabou acontecendo no maior climão de democracia, com o povo nas ruas.
Resultado: gritos de ordem; mas, também, baderna.
A baderna é lamentável. Não se discute. Só que mais badernado está o País. Uma coisa acaba puxando a outra.
O que não dá mais para esconder é que as manifestações contra Temer crescem mesmo entre os seus apoiadores no Congresso, provocando outra baderna: a das argumentações de defesa, ataque, e nem tanto.
Tem os que aprovaram a ascensão do pemedebista ao poder e que se apegam à justificativa de uma conspiração contra um governo que é um sucesso na economia. Sucesso…
Tem os que culpam o gravador do Joesley pelos males do Brasil.
Tem quem defensa eleição indireta, e que considere que só os partidos ‘do bem’ devem votar: PMDB, PSDB, DEM…
Tem aqueles que preferem Diretas Já, porque é melhor o povo errando (de novo), do que elegendo quem erre por eles e ainda leva vantagem sozinho por isso.
Tem de tudo um pouco.
O Brasil está assim. Temer caindo, desespero subindo.
Muitos queriam o País passado a limpo. Mas acreditavam piamente que precisava limpar só de um lado. Agora que a realidade mostrou um corpo inteiro enlameado, e que é preciso um banho completo, estão assustados com o preço a ser pago.
Só tenho a dizer, neste momento, que talvez o maior inimigo do grande Príncipe de Machiavel, seja o Pequeno Príncipe de Exupéry: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Ou algo assim.
Responsável pelos que elegeu. Responsável pelas consequências.
Agora, vamos lá: desate este nó.