O Atlético Clube Goianiense nunca esteve tão próximo de uma vaga na Copa Libertadores da América como na última rodada do Campeonato Brasileiro. Bateu na trave, porém 2021 entra para história do rubro-negro como um dos seus melhores anos.
O ano não teve conquista de título e na primeira competição que disputou foi frustrante para o torcedor não comemorar o tão desejado e inédito tricampeonato estadual. Perder a semifinal para o Grêmio Anápolis machucou os atleticanos.
O time teve apenas uma derrota no Campeonato Goiano. Era muito favorito para o título, mesmo após o revés no jogo de ida no Estádio Jonas Duarte. Reverteu a situação na volta no Accioly e nos pênaltis acabou eliminado.
Na temporada uma novidade n calendário do Dragão. Pela segunda vez na história a Copa Sul-Americana e agora em um formato em que o clube goiano disputou uma fase de grupos. Foram seis jogos e um deles muito especial. O Atlético jogou e venceu o Libertad no lendário Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção no Paraguai.
Comandado pelo técnico Jorginho, o time empatou três jogos em casa. Foi o ‘calcanhar de aquiles’ na campanha que ficou ainda na primeira fase. Venceu fora Palestino e Libertad – foi derrotado pelo Newell´s Old Boys. Só que os tropeços em casa foram determinantes para eliminação. Mas valeu a experiência e para os cofres entraram 900 mil dólares.
Na Copa do Brasil o Atlético não teve dificuldades para avançar diante do Galvez-AC e o Joinville. Na terceira fase um gigante do futebol nacional e uma vitória que chamou a atenção de todos. Na Arena Neo Química o Corinthians foi batido por 2 a 0 – na volta no Accioly um empate colocou o Dragão nas oitavas de final.
No sorteio caiu a bolinha do Athletico Paranaense, que venceu o primeiro jogo em Curitiba e segurou o empate em Goiânia. Eliminado o rubro-negro terminou a competição com uma cota de R$ 6,9 milhões pela participação em quatro fases.
No Campeonato Brasileiro foram três técnicos no comando da equipe. Um desenho que não é o ideal e que mostra que as coisas acabaram fugindo do esperado. Começou com Eduardo Barroca que acabou demitido, depois pelo interino Eduardo Souza e que na reta final deu lugar para Marcelo Cabo – profissional que tem como ele gosta de dizer ‘um caso de amor’ com o Atlético.
Na maior parte da competição o time figurou na parte da tabela. Só que a queda de rendimento e uma seqüência de sete jogos sem vencer, fizeram com que a zona do rebaixamento assustasse e aí foram onze dias de apreensão, alívio e orgulho. Uma mescla de sentimentos e uma escalada na tabela de classificação.
Da 16ª para 9ª colocação. A melhor campanha do clube na história do Brasileirão. Da apreensão na vitória nos acréscimos diante do Bahia, passando pelo alívio com o triunfo no final do jogo frente a Chapecoense que garantiu matematicamente a permanência na elite do futebol nacional e o orgulho de ver o Dragão vencer pela primeira vez o Internacional em Porto Alegre, de quebra a conquista da vaga na Copa Sul-Americana e a possibilidade de uma inédita classificação para Libertadores. Na última rodada venceu o Flamengo, só que América Mineiro e Fluminense também venceram suas partidas e foram para principal competição das Américas.
A posição final no Brasileirão Série A rendeu R$ 19,8 milhões ao Atlético. Outras receitas da competição nacional vieram da cota de participação – R$ 22 milhões e das transmissões dos jogos na televisão aberta e fechada – R$ 11,7 milhões.
Foi um ano sem um troféu, mas de crescimento financeiro e técnico. A maior conquista foi o show que a torcida deu no Estádio Antônio Accioly. Foram vários os jogos de casa cheia e com o feito de ter o maior público do futebol goiano na temporada – 10.746 pagantes na partida contra o Flamengo.
O atleticano terminou 2021 sendo ainda mais atleticano. E chama a atenção o envolvimento da torcida com o clube e o número grande de crianças e jovens que frequentam os jogos.
O Atlético cresce a passos largos.