Foi aprovado em segunda votação na Assembleia Legislativa de Goiás, projeto de lei enviado pela governadoria que autoriza a Metrobus formar consórcios com empresas privadas, seja de forma majoritária ou não na gestão do Eixo Anhanguera. Atualmente a empresa pública é responsável pela gestão da linha.
Muitas discussões durante a sessão ordinária desta quarta-feira (16), em que o projeto foi aprovado. Os deputados da oposição argumentaram que na verdade o projeto trata de uma terceirização da Metrobus.
“Isso pode resultar em aumentos de passagens. A aprovação desta matéria permite o repasse da concessão da Metrobus para a iniciativa privada. Entendemos que isto é inconstitucional”, avalia o deputado Bruno Peixoto do PMDB.
Alguns motoristas ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa de Goiás e fizeram protesto durante as discussões, em especial no momento em que os deputados governistas utilizavam a tribuna para debater a matéria.
“Primeira coisa que vai acontecer: demissões. Hoje tem na Metrobus um pessoal com contratos temporários e outros concursados. Esses dos contratos serão demitidos, com certeza. Os outros não, já que eram ainda da época da Transurb. Mas esta medida vai atingir todos”, argumenta o funcionário da Metrobus, Adedimar Gonçalves.
O líder do governo na Assembleia, José Vitti (PSDB), entende que usuários do eixo e servidores não terão prejuízos.
“O interesse do governo é de permitir liberdade a esta empresa para firmar parcerias público- privadas ou até mesmo no futuro vender a parte que tenho. O Estado está identificando, por exemplo, o subsídio será mantido. Indo pra iniciativa muda muito, melhora para os servidores, muitas vezes até os custos são menores. Não é função do Estado hoje administrar uma linha de ônibus”, destacou o líder do governo.

