02 de setembro de 2024
Publicado em • atualizado em 16/12/2015 às 21:30

Aprovado projeto que permite participação de empresas privadas na administração do Eixo Anhanguera

Foi aprovado em segunda votação na Assembleia Legislativa de Goiás, projeto de lei enviado pela governadoria que autoriza a Metrobus formar consórcios com empresas privadas, seja de forma majoritária ou não na gestão do Eixo Anhanguera. Atualmente a empresa pública é responsável pela gestão da linha.

Muitas discussões durante a sessão ordinária desta quarta-feira (16), em que o projeto foi aprovado. Os deputados da oposição argumentaram que na verdade o projeto trata de uma terceirização da Metrobus.

“Isso pode resultar em aumentos de passagens. A aprovação desta matéria permite o repasse da concessão da Metrobus para a iniciativa privada. Entendemos que isto é inconstitucional”, avalia o deputado Bruno Peixoto do PMDB.

Alguns motoristas ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa de Goiás e fizeram protesto durante as discussões, em especial no momento em que os deputados governistas utilizavam a tribuna para debater a matéria.

“Primeira coisa que vai acontecer: demissões. Hoje tem na Metrobus um pessoal com contratos temporários e outros concursados. Esses dos contratos serão demitidos, com certeza. Os outros não, já que eram ainda da época da Transurb. Mas esta medida vai atingir todos”, argumenta o funcionário da Metrobus, Adedimar Gonçalves.

O líder do governo na Assembleia, José Vitti (PSDB), entende que usuários do eixo e servidores não terão prejuízos.

“O interesse do governo é de permitir liberdade a esta empresa para firmar parcerias público- privadas ou até mesmo no futuro vender a parte que tenho. O Estado está identificando, por exemplo, o subsídio será mantido. Indo pra iniciativa muda muito, melhora para os servidores, muitas vezes até os custos são menores. Não é função do Estado hoje administrar uma linha de ônibus”, destacou o líder do governo.