O PSB goiano está como o PSB nacional: pronto e motivado para a disputa de 2014, e disposto a caminhar sozinho, se preciso for.
Tão pronto e tão motivado que há até a tese interna de que a candidatura de Júnior Friboi ao governo independe da unidade das oposições.
Essa unidade será buscada, costurada, mas até onde possa beneficiar Friboi. Ou como pressuposto de ampliação de uma aliança com seu partido, ou, quem sabe, ainda que pouquíssimo provável (deixemos uma janela aberta para o imponderável futebol clube), como parte do processo para ele ser o nome de uma unidade que teria ainda PT e PMDB.
No PSB avalia-se que Friboi pode ser a alternativa à polarização histórica entre os dois grupos hoje representados por Iris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB).
Terceira via? O nome não é bom, nem correto. Mas algo assim.
Alternativa com cara de novo, no caso, o que se distancia dos velhos grupos que disputam o poder.
Os mais entusiasmados acreditam inclusive que só por este caminho Friboi pode ganhar. Nesse caso, as conversas com PT e PMDB cumprem o ritual político. E isso explicaria ainda ele não bater de frente com o governador Marconi Perillo agora.
Aliás, sobre Marconi vem a outra tese dentro do PSB: o tucano não será candidato a governador e poderá apoiar, ainda que indiretamente, Friboi.
Tudo isso mostra o quê?
Que no PSB o que não falta é disposição e motivação. Falta no sentido de que sobra. Por outro lado, talvez falte, no sentido de ‘não ter’, estratégia.
Estratégia e bom senso, melhor dizendo.
Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).