Ainda não se sabe quando, mas o Pronto Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc será mesmo fechado pela Prefeitura de Goiânia. A unidade hoje é a porta de entrada para internação de pessoas com transtornos mentais e dependentes de droga e álcool. Segundo o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), mais de 80% dos pacientes atendidos no local são de outros municípios. Ele cobra do Estado a criação de uma rede de atendimento psicossocial.
As condições do local são precárias. Além disso, o Ministério da Saúde não aprova pronto socorro psiquiátrico como porta de entrada no sistema. É defendido o sistema de ambulatórios e a utilização dos Centros de Atendimentos Psicossociais (CAPS).
O prefeito de Goiânia durante prestação de contas nesta sexta-feira (19) ao ser questionado por vereadores sobre o fechamento do Wassily Chuc destacou que o fechamento da unidade não traria transtornos para os pacientes da capital, mas sim para os de outros municípios.
Foi informado que foi sugerido ao governo de Goiás a criação de uma Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e que o Credeq de Aparecida fosse a nova porta de entrada para pacientes dos outros municípios e a capital os atenderia via sistema de regulação. O prefeito reclamou que ainda não teve resposta sobre o assunto e que pretende conversar sobre o tema com o governador Marconi Perillo (PSDB).
“Não vamos fechar o Wassily Chuc sem dar as alternativas todas para as pessoas que precisam de atendimento. Hoje o Wassily Chuc está aberto para servir pessoas que vem de outros municípios. De acordo com o planejamento feito pelo município de Goiânia nós temos total possibilidade de colocar os pacientes de Goiânia nos nossos Caps, Centros de Atendimento Psicossocial, mas também queremos ser solidários aos municípios. A gente fez proposta ao governo estadual para que montasse a chamada Raps Rede de Atenção Psicossocial, e refazer esta porta de entrada que inclusive pode ser o Credeq que eles estão construindo em Aparecida de Goiânia. A gente está estimulando a discussão e caso o Estados e municípios de Saúde não se manifestem, a gente vai organizar a rede dentro de Goiânia”, afirma o secretário municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Fernando Machado
Estado Contesta Prefeitura
Através de nota a Secretaria Estadual da Saúde informou que não foi feita, de maneira oficial, a formalização de nenhuma proposta por parte da Prefeitura de Goiânia. Segundo a secretaria contatos iniciais não resultaram na apresentação de um projeto concreto por parte da SMS Goiânia. Foi destacado que a Secretaria da Saúde informa que está e sempre esteve aberta a discussões.
Quanto ao Credeq, a proposta da unidade é inteiramente diversa, pois tem projeto terapêutico voltado para o tratamento da dependência química, destacou na secretaria. A obra está quase concluída, e deverá ser colocada em funcionamento em breve, mas ainda sem uma data definida.