O Atlético-GO foi eliminado pelo Vasco da Gama na Copa do Brasil. Uma classificação seria a oportunidade de mudar o momento do rubro-negro na temporada nacional, já que a campanha no Campeonato Brasileiro é decepcionante. O time está na lanterna da competição e não mostra poder de reação. Com essa realidade, o rebaixamento é quase certo.
Na entrevista realizada pelo presidente do Atlético Clube Goianiense, Adson Batista, ainda em São Januário, ele deixou a entender o desejo de deixar o futebol rubro-negro. Não falou com todas as palavras da sua intenção com os jornalistas. Só que deixou um ponto de interrogação na minha cabeça. No mesmo momento entrei em contato com o dirigente para entender um pouco mais do seu desejo.
Adson Batista tem como objetivo buscar uma SAF com “envergadura” que possa subir o Atlético-GO de patamar e que suas atribuições no futebol rubro-negro deixariam de existir: “Quero só fiscalizar o legado. Estou trabalhando para conseguir uma SAF, mas ela comandar o futebol. Eu participaria de um conselho só para fiscalizar
“Não tenho interesse mais de estar na frente do futebol. As pessoas me cansaram e não tenho mais desejo de controlar o futebol”, destacou Adson Batista que é um profissional que já foi cotado por vários grandes clubes do Brasil e que chegou a ser sondado no passado pelo próprio Goiás – grande rival do Dragão. “Se quiser sair de Goiânia, eu tenho grandes cargos em qualquer lugar. Mas não quero isso. Por enquanto não tenho esse objetivo”. O presidente rubro-negro também revelou que o patrimônio do Atlético-GO com a chegada de um investidor será protegido. Não entraria na negociação.
“Eu quero me desvincular e trabalhar para ter alguem que faça um futebol profissional e com poder de investimento. Nós apenas fiscalizando metas e cumprimentos de contrato. Só isso. Não vou mais e eu cheguei no teto. Um time igual o Atlético-GO, o dinheiro que tem, em um ano que as coisas não andam, tudo inviabiliza. Torcedor e imprensa esculhambando. As pessoas não respeitam ninguém e enterram todo mundo. Não mais esse interesse”, completou Adson Batista.
Opinião
São 19 anos de Adson Batista no Atlético-GO. Ele se tornou o principal dirigente na história da agremiação e com justiça é apontado como principal responsável pelo melhor momento do clube nos seus 87 anos. Sua possível saída pode ser boa, desde que ele encontre uma SAF que consiga mudar o patamar do futebol – e aí vai ser preciso um grande investimento.
Mas isso é uma incógnita. É como contratar um grande jogador… na teoria pode dar certo, porque o profissional tem um grande currículo e chega com boa referências. Mas na prática pode não dar “liga” como dizem no futebol.
Adson Batista não deveria considerar uma chamada aposentadoria no futebol do Atlético, como algo definitivo. Ele vai seguir… daqui a pouco chega um investidor que pode dar certo… mas que também pode dar errado, não cumprir metas… Daí o dirigente tem que estar pronto para voltar a ativa.