28 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 21/09/2019 às 11:33

Ação do MDB contra transferência dos depósitos judiciais entra no “rito abreviado” do STF

Advogado Júlio César Meirelles em palestra, em Aparecida de Goiânia (foto arquivo pessoal Instagram)
Advogado Júlio César Meirelles em palestra, em Aparecida de Goiânia (foto arquivo pessoal Instagram)

A Ação Direta de Inconstitucionalidade  movida pela partido MDB contra a lei que autorizou o governo de Goiás a usar 70% dos depósitos judiciais entrou no rito abreviado do Supremo Tribunal Federal (STF) por solicitação do ministro Ricardo Lewandowski. A medida leva o julgamento direito para o plenário da corte judicial em poucas semanas, segundo Júlio César Meirelles, advogado autor da ação.

O Art. 12 da Lei Lei 9.868/99, diz que “havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação”.

No entanto, o ministro deixa de fazer a análise do pedido de liminar para que o julgamento definitivo seja acelerado. 

O partido sustenta que a “Lei estadual 20.557/2019 – que também prevê a transferência de depósitos judiciais para conta específica do Poder Executivo – invadiu a competência privativa da União para legislar sobre Direito Civil e Processual Civil e para instituir empréstimo compulsório. Entende, ainda, que a norma é incompatível com a Constituição Federal por ofender o princípio de propriedade”, informou o STF.

“Não pode afrontar o direito de propriedade do cidadão. Os donos do recurso são os depositantes, e não o judiciário”, argumentou o advogado, ao Diário de Goiás. 

Requisição de Informações

Para instruir o processo para o julgamento de mérito, o ministro Ricardo Lewandowski requisitou informações ao governador de Goiás, à Assembleia Legislativa e ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Em seguida, determinou que os autos sejam remetidos à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para manifestação pelo prazo de cinco dias.

A ação foi protocolada no dia 12 de setembro e no dia 20 foi feita a comunicação ao governador de Goiás e ao presidente da Assembleia Legislativa para que façam a manifestação no processo.

O governo de Ronaldo Caiado já recebeu a transferência de R$1,5 bilhão do Poder Judiciário para atender à lei aprovada na Assembleia Legislativa de Goiás. 

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .