22 de novembro de 2024
Publicado em • atualizado em 13/07/2015 às 00:04

A vice cobiçada

Na eleição de 2016 para prefeito de Goiânia, um cargo deverá ser cobiçado como se fosse uma candidatura ao Executivo: a vice de Iris Rezende (PMDB). Vale considerar que o peemedebista é escravo da candidatura e que é inimaginável que ele deixe de disputar o cargo na cidade que sempre lhe deu vitórias. A escolha do vice está no centro da articulação das alianças para a eleição.

Se a vice de Iris Rezende ficar com o DEM, presidido pelo senador Ronaldo Caiado, a possibilidade de o PT entrar na chapa vai a zero. Aliás, este é o desenho mais provável para o relacionamento entre os petistas e peemedebistas. O inverso funciona da mesma forma. Se ficar com qualquer outro partido, que não seja, o DEM, é provável que o PT aceite discutir a aliança muito remotamente.

A disputa pela vice de Iris Rezende é, assim, uma das mais interessantes do processo eleitoral, pois o ocupante do cargo pode ganhar a perspectiva de ocupar o cargo de prefeito de Goiânia. Ocorre que, para 2018, sem a presença de Marconi, e numa eventual vitória de Iris, o nome dele aparecerá novamente nas pesquisas eleitorais. Sim, Iris pode ser candidato a governador mais uma vez.

Quando as pesquisas eleitorais saírem dos bastidores e ocuparem as páginas dos jornais, a intensidade da disputa certamente vai ampliar. Agora, sem nada, apareceram nomes do PT(Adriana Accorsi; Edward Madureira; e outros), do DEM, do Partido Solidariedade (Lucas Virgílio, deputado federal, filho do presidente Armando Virgílio), do PMDB (Agenor Mariano; Samuel Belchior; e outros).

No hipotético cenário de liderança de Iris nas pesquisas para prefeito de Goiânia, como falado nos bastidores da política e em várias rodinhas e gabinetes, tende a crescer ainda mais o “assanhamento” pela vaga de vice.  No entanto, falta ao PMDB, uma avaliação objetiva, e pragmática, para deixar claro o que quer, afinal. O partido pode ser estimulado a dispensar alianças, dependendo da posição de Iris nas pesquisas, ou seja, a vice não teria a função de agregar aliados.

Em declaração ao jornal O Popular, Iris Rezende afirmou que uma candidatura só será discutida o ano que vem. Alguns acreditam no que foi publicado, outros veem uma intensa atividade em torno do peemedebista em prol da candidatura. E, muitos, de olho na vice, um cargo que levou Paulo Garcia(PT) a prefeito. E vai que a história pode se repetir.

 

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .