28 de dezembro de 2024
Publicado em • atualizado em 26/08/2014 às 09:09

Video comentário: A tal perspectiva de poder

 

Então, com quem está a perspectiva de poder na eleição para o governo de Goiás? Por qual motivo se fala tanto nela, neste período? O que ela tem que balança tanto as campanhas eleitorais e tantos jornalistas falam dela o tempo todo? O fato é que, querendo ou não, a tal perspectiva está sempre ao lado de alguém na disputa eleitoral, quaisquer que sejam os candidatos.

Campanhas minimamente inteligentes atuam para construir a perspectiva de poder para angariar apoiadores, financiadores de campanhas, eleitores apaixonados e interessados na defesa de ideias que podem ser aplicadas a um governo. E é ingenuidade pensar que a força de uma candidatura, seja ela qual for, não recorra ao uso deste instrumento.

A perspectiva de poder pode até ficar em dúvida quando uma disputa eleitoral está com evidências de empate, ou no mínimo, muita proximidade entre os índices de candidatos que estejam na ponta. Não é este o cenário eleitoral das pesquisas, até agora, na disputa para governador de Goiás.

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As pesquisas eleitorais incluem a sondagem estimulada, espontânea e rejeição, naturalmente, e a apresentação da pergunta para identificar quem o eleitor acha que vai ganhar é a que mais agrada a referida perspectiva de poder. Há mais eleitores, do que foi mostrado até agora nas pesquisas eleitorais, que acreditam que Marconi Perillo (PSDB) vai ganhar do que os que responderam os nomes de Iris Rezende (PMDB), Vanderlan Cardoso (PSB) ou Antônio Gomide (PT). Portanto, uma parcela dos eleitores que indicam os oposicionistas concordam com a possível vitória do atual governador.

Com a perspectiva de poder nas mãos, com o poder da gestão do Estado nas mãos, a condição de Perillo é de razoável vantagem sobre os oposicionistas. Ademais, a questão é que quem está com a possibilidade da vitória nas mãos pode ganhar força ou, pelo menos, conter queda na reta final da campanha eleitoral.

A oposição, por outro lado, ainda não demonstra que tenha recursos, criatividade, estrutura, agilidade para tirar a condição privilegiada do candidato à reeleição. Ela terá que fazer muito mais do que fez até agora. Para conquistar a perspectiva de poder, os oposicionistas podem conter com “algum fato novo”. Ocorre que “fatos novos” não acontecem todos os dias, nem em todas as campanhas. E Perillo torce, e trabalha como alguém que é expert em disputas eleitorais, para ficar mais próximo ainda da perspectiva de poder.

(essse texto foi publicado no Jornal Tribunal do Planalto)