30 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 08/11/2014 às 23:30

A sucessão de Paulo Garcia

Terminada a eleição de 2014 para governador de Goiás, os partidos mantém uma atividade no fechamento da prestação de contas dos candidatos e, em Goiânia, abriu-se a temporada de candidaturas para a sucessão do prefeito Paulo Garcia (PT). E é assim mesmo: com o fim de uma eleição, começa a outra. E o grupo político que não pensar assim perde terreno para o que correm mais rápido ao fazer um planejamento para enfrentar o campo eleitoral.

O desgaste sofrido pela administração do prefeito Paulo Garcia, certamente, deve ser explorado pela oposição a ele. O objetivo é muito claro: manter a reprovação ao governo e tentar impedir que melhore a aprovação. Se o prefeito perdeu em termos de imagem entre os eleitores da capital, até agora, conseguiria reverter a situação?

Nos bastidores da política, há comentários de que administração petista tem buscado em pesquisas qualitativas os caminhos para reposicionar a imagem da administração de Garcia. Nada mais natural, e recomendável, para que possa encontrar o quê fazer para construir uma percepção melhor para atender aos aos planos políticos da gestão e, consequentemente, na eleição.

Gestões profissionais não prescindem de pesquisas para acertar mais do que errar. Paulo age, sim. Enquanto isso, a oposição se movimenta e os nomes começam a aparecer. Pelo PSDB, o deputado Fábio Souza, em entrevista à Rádio 730, confirmou o interesse.

Do mesmo partido, é perceptível a intenção de Jayme Rincón por uma candidatura a prefeito de Goiânia. Não será surpresa se Jovair Arantes manter o interesse e lançar a candidatura também. O grupo de Vanderlan Cardoso (PSB) já começou a pensar no assunto logo depois do primeiro turno, afinal ele conseguiu um crescimento substancial na votação para governador de Goiás, na capital. Ele é a única alternativa do setor político agregado ao ex-prefeito de Senador Canedo. Cardoso só não pode cometer o mesmo erro: uma candidatura fraca em alianças e sem uma boa chapa de proporcionais.

O movimento mais curioso aconteceu com o deputado Ronaldo Caiado, que preside o DEM de Goiás, ao lançar a candidatura de Iris Rezende (PMDB) a prefeito de Goiânia. Quem diria que fosse dele a voz mais forte, e não dentro do PMDB, que anunciasse a candidatura. Ela ganhou eco entre muitos peemedebistas, mas teve reação do grupo de Maguito Vilela. Aliás, do próprio.

A aliança DEM/PMDB espantaria a presença do PT de Goiânia na chapa? Provavelmente, sim. Então, se os dois partidos fossem juntos seria uma estratégia que abriria um novo posicionamento político anti-PT e Paulo Garcia? E não foi assim que Marconi Perillo ganhou em 2010 como um anti-Alcides Rodrigues?

O ano de 2015 é crucial para a administração de Paulo Garcia e tem que apontar uma recuperação logo no primeiro semestre. Depende disso, certamente, a formação das alianças para a sucessão dele. Candidatos fogem de governantes mal avaliados e querem proximidade dos que são aprovados pela população. Simples, assim. 

 


 

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .