Certamente, são muito apressadas as conclusões sobre o reflexo da morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na sucessão presidencial. O primeiro momento é do luto e de solidariedade às famílias do ex-presidente do PSB e dos outros mortos no acidente aéreo em Santos (SP).
O reflexo vai acontecer, é claro. Mas, não é momento de certezas e, sim, de dúvidas.
Pode parecer muita frieza humanitária pensar no assunto enquanto dura o velório e o luto pela morte de Eduardo Campos, mas a eleição não pára.
As decisões políticas terão que ser tomadas e, somente a partir disso, é que o reflexo será percebido. Juridicamente, o PSB tem 10 dias para fazer uma nova Convenção partidária nacional e comunicar o nome da nova candidatura, se ela aparecer, à Justiça Eleitoral.
Como ficará o acordo entre PSB e Rede Sustentabilidade, de Marina Silva?
O PSB cederá espaço ao Rede, que é agregado ao PSB, para a disputa presidencial?
Quais serão os resultados das sondagens eleitorais que começam, imediatamente, sem o nome de Eduardo Campos? Qual a influência que esses números terão na decisão?
Há mais perguntas do que respostas.
Vamos aguardar. Afinal, é preciso respeitar a dor das famílias dos mortos.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .