28 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 26/02/2014 às 02:13

A ilusão peemedebista e oposicionista

 

Eles olham para as pesquisas eleitorais e de avaliação do governo de Goiás e pensam que a situação está definida na eleição para governador, este ano.

Eles se empolgam com os números da reprovação ao governo de Marconi Perillo (PSDB), segundo as pesquisas feitas em Rio Verde e Aparecida de Goiânia, e afirmam que o governador não vai dar conta de reverter a situação.

Eles vêem Iris Rezende à frente, nestas mesmas pesquisas, e se iludem com a irrealidade de uma campanha eleitoral que precisa de muito mais do que números nos relatórios.

Os números que ganham, são outros.

Na eleição de 2010, no segundo turno, faltaram R$ 5 milhões para conduzir a campanha para Iris Rezende. Fracasso. Derrota.

Enquanto isso, Marconi Perillo deslanchou ao reunir os apoiadores no Clube Jaó e chamar a participação de todos os líderes que marcavam presença. O apelou funcionou. Vitória.

Naquela eleição, 15 dias antes do primeiro turno, Iris Rezende chegava para uma entrevista comigo, na Rádio 730, e já demonstrava sinais de esgotamento. No rosto, o candidato evidenciava que a derrota estava próxima. Mesmo assim, ainda conseguiu ir para o segundo turno.

Antes da entrevista, fora do ar, o peemedebista relatava uma história contada várias vezes, depois. Iris reuniu-se com empresários naquela campanha para levantar recursos. A conversa era amistosa, mas o resultado que interessava não aparecia. Os doadores sumiram.

A estrutura da campanha de Iris Rezende humilhava-se com a falta de recursos até para carro de som. Os últimos dias de campanha de Marconi Perillo sufocaram as poucas iniciativas iristas.

E agora?

Em 2014, a história não é diferente. Iludem-se os que pensam que uma campanha eleitoral é feita apenas com nomes.

Eleição é ganha com dinheiro. Nomes, também.

Eleição sem estrutura, não é campanha.

Iludem-se os que pensam que seus opositores não terão recursos e estrutura.

Eleição não é ilusão. É estrutura, com estratégia.

Veja os dados abaixo que provam, friamente, como o vitorioso é o candicato que consegue angariar mais recursos.


 

 

ELEIÇÃO DE 2002

Nome

Partido

Votos

Receitas

Receitas
de comitês

Custo do
voto*

Resultado

Marconi Ferreira Perillo Junior

PSDB

1.301.554

R$ 9.155.274,48

R$ 62.715,00

R$ 7,08

Eleito

Marina Pignataro Sant’anna

PT

385.524

R$ 1.728.649,91

R$ 200,00

R$ 4,48

Não eleito

Luiz Alberto Maguito Vilela

PMDB

833.554

R$ 815.370,02

R$ 0,00

R$ 0,98

Não eleito

Geraldo Lemos Scarulles

PTB

7.461

R$ 23.200,00

R$ 0,00

R$ 3,11

Não eleito

Alba Celia Silva Moura Evangelista Cruz

PGT

10.672

R$ 3.980,00

R$ 21,60

R$ 0,37

Não eleito

ELEIÇÃO DE 2006

Nome

Partido

Votos

Receitas

Receitas
de comitês

Custo do
voto*

Resultado

Alcides Rodrigues Filho

PP

2.823.742

R$ 15.734.459,10

R$ 213.589,16

R$ 5,65

Eleito

Luiz Alberto Maguito Vilela

PMDB

2.254.245

R$ 6.277.136,17

R$ 663.728,30

R$ 3,08

Não eleito

Demóstenes Lazaro Xavier Torres

PFL

95.701

R$ 2.059.460,17

R$ 604.012,00

R$ 27,83

Não eleito

ELEIÇÃO 2010

Nome

Partido

Votos

Receitas

Receitas
de comitês

Custo do
voto*

Resultado

Marconi Ferreira Perillo Júnior

PSDB

2.951.359

R$ 29.731.073,66

R$ 20.250.993,16

R$ 16,94

Eleito

Iris Rezende Machado

PMDB

2.475.740

R$ 10.582.758,34

R$ 176.956,08

R$ 4,35

Não eleito

Vanderlan Vieira Cardoso

PR

502.462

R$ 3.555.637,94

R$ 22,35

R$ 7,08

Não eleito

 

       
       
       
       

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .