23 de novembro de 2024
Publicado em • atualizado em 17/03/2017 às 09:21

A hora e vez dos prefeitos como cabos eleitorais

Está aberta a temporada de caça a prefeito. Calma. Não é ‘cassar’.

É caçada para fins eleitorais.

Prefeito é cabo eleitoral de vanguarda.

Todos que pensam em candidatura (deputado estadual, deputado federal, senador) querem apoio.

Especialmente os que planejam ser candidato a governador.

Ter base de apoio em cada canto e em cada ponto de Goiás é vantagem competitiva.

Esta semana, Ronaldo Caiado buscou agradar os prefeitos goianos com encontro para discutir Educação. Trouxe quem, para mega evento indisfarçável de campanha em Rio Verde? O ministro da pasta, que é do seu partido, o DEM. Item forte na pauta: como obter recursos no ministério.

Daniel Vilela, que está em caravana pelo interior, usa o quê como cartão de visita? O fato de que seu partido, o PMDB, é o partido da caneta do presidente da República. Nesta quinta, o que fez: tratou de divulgar que esteve no Ministério do Planejamento para conhecer o TaxiGov, também conhecido como Uber do governo (em vez de frota de veículos, uso de taxi), ideia que quer levar para os municípios. Já a apresentou para Iris Rezende (Goiânia) e Gustavo Mendanha (Aparecida).

José Eliton, o que tem feito? Encontros e mais encontros com prefeitos. Na ponta da língua: agenda de obras e benefícios estratégicos do Estado nos municípios. Dia 30 vai, inclusive, avançar na pauta, com apresentação a prefeitos do plano de investimentos para este ano e o ano que vem.

O tempo para essa caçada é propício acima de tudo porque os prefeitos estão agoniados, sem dinheiro em caixa, sem perspectivas e criatividade, desesperados por dinheiro em caixa.

Tentar atraí-los faz parte do jogo político.

Nem adianta argumentar que as relações políticas não deveriam ser assim. Não deveriam. Mas são.

Nem adianta reclamar que um ou outro está fazendo uso da máquina. Todos estão. Certo ou errado.

Gritar que o governador Marconi Perillo (PSDB) anunciou que vai aos 246 municípios e isso é ação política para 2018 não vai eliminar o óbvio: todos os prefeitos estão doidos para receber o governador e suas benesses.

E se Michel Temer anunciar que vai, também será recebido com máxima expectativa.

Com Ministério Público ou sem Ministério Público, guerra é guerra. A eleição está aí.