O Goiás Esporte Clube tem em Haile Pinheiro seu grande referencial entre os dirigentes. A história do presidente do Conselho Deliberativo não teve início nas últimas temporadas, mas sim quando o time era conhecido por ter apenas 33 torcedores. Viveu os momentos em que o Goiás era um time considerado pequeno diante dos grandes rivais da capital. Ele foi fundamental para mudança na rota alviverde.
Voltando ao passado e recordando um fato que aconteceu em 1965, quando o Goiás disputou o Torneio da Morte no Campeonato Goiano – era uma briga para fugir do rebaixamento – Haile e seu irmão Edmo Pinheiro desceram no vestiário do Estádio Olímpico, durante o intervalo de jogo e trocaram socos e empurrões com jogadores que perdiam o jogo para o Riachuelo. No segundo tempo a reação alviverde e uma virada que salvou o time da degola. O fato foi relatado pelo próprio dirigente.
Deixando o passado para trás e focando no presente. O Goiás agora comandado por Marcelo Almeida atravessa o pior momento de sua história dentro das quatro linhas. A equipe no Campeonato Brasileiro da Série B ocupa a penúltima colocação. Não ganhou de ninguém e corre o risco de rebaixamento, o que seria um caos para uma agremiação que foi de Série A.
Após perder para o Boa Esporte em pleno Estádio Serra Dourada, o presidente esmeraldino foi ao vestiário tirar satisfação com os jogadores. Ninguém no clube diz o que aconteceu entre as quatro paredes, tudo é mistério – porém gritos foram ouvidos e pela fúria mostrada no seu trajeto das tribunas até o contato com os atletas, a vontade de Marcelo Almeida certamente era repetir o que fez Haile Pinheiro.
Os tempos são outros e evidentemente não se justifica a agressão lá no passado e nem nos dias atuais, muito menos xingamentos a profissionais, mesmo que eles não estejam rendendo o esperado.
Estava na cara que o elenco tinha grandes limitações quando foi formado. A diretoria não enxergava o que estava na frente dos seus olhos e agora não vai ser através de gritaria e ofensas que vai resolver a situação.