13 de setembro de 2024
Publicado em • atualizado em 06/07/2014 às 19:21

A Copa politizada

Antes de terminar a Copa do Mundo, já são muito expressivas as avaliações de que o evento superou as expectativas pessimistas sobre a realização do evento no Brasil. O orgulho dos brasileiros chegou a 60% sobre a realização do evento no Brasil, segundo a pesquisa Datafolha divulgada na quinta, 3. 63% dos entrevistados manifestaram apoio à Copa no Brasil. A bola rolou e mudou as visões catastróficas sobre o evento.

Apesar da negar a intenção, a oposição à presidente Dilma Rousseff torcia para o fracasso do evento e para o consequente prejuízo à imagem da candidata à reeleição. Houve uma exagerada exibição de problemas para a realização da Copa do Mundo no Brasil e analistas de vários veículos de comunicação prenunciavam uma catástrofe. A culpa da suposta tragédia seria da presidente Dilma, numa evidente tentativa de induzir o resultado negativo da Copa para a candidata.

Ocorre que, até agora, nas quartas de final, houve uma inversão total das impressões sobre a Copa do Mundo. Os vários veículos de informação internacionais disseminaram com mais ênfase, e mais rapidez, a nova realidade do sucesso do mundial de futebol. Foram muitos os que falaram que os estádios brasileiros, antes submetidos às mais diversas críticas, “ficaram lindos”.

A Copa politizada e contaminada pelo ambiente eleitoral não conseguiu escapar, ainda, do problema. É provável que a melhora na posição da presidente Dilma Rousseff na pesquisa Datafolha (Ela passou de 34% para 38%) possa ser influenciada pelo clima da do mundial.

Ocorre que, agora, a situação tende a beneficiar a presidente, independente de quem seja o campeão mundial. A presidente, que não chuta nenhuma bola ao gol, fica na torcida da partida de futebol. A taça da realização do evento, com o sucesso dele, tende a ficar nas mãos da presidente.

O sucesso da Copa vai contribuir para decidir uma eleição em prol da presidente? Longe de qualquer avaliação apressada, vai depender, evidentemente, na condução da campanha eleitoral. O mundial de futebol é tão grande, e repercute tanto, que é necessário esperar o fim dele para uma nova avaliação.

 

 

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .