A principal praça esportiva do nosso estado deve fechar a temporada sem receber nenhuma partida. Já estamos em setembro e a bola não rolou pelo gramado do Serra Dourada.
Goiás e Atlético estão investindo em seus estádios, o Vila Nova atuando no Onésio Brasileiro Alvarenga e o Goiânia utilizando o Olímpico.
Não sobrou time para jogar no Serra Dourada.
Esse também é o desenho para os próximos anos.
É uma estrutura gigante e mesmo não sendo utilizada, tem um gasto enorme para sua manutenção.
Com a ausência dos jogos, a arrecadação caiu consideravelmente e fica difícil enxergar uma solução para fechar a conta.
O espaço do Serra Dourada é hoje apenas para o feirão de carros no final de semana e para um cinema drive in que está instalado no estacionamento.
A pandemia do coronavírus também espantou outros grandes eventos musicais. O futebol sem a presença da torcida também deixa para o lado a necessidade de um estádio com capacidade de público maior para jogos por exemplo como Goiás x Flamengo. Sem falar na proibição dos clássicos com as duas torcidas.
Os administradores do Serra Dourada vão precisar de criatividade para que o estádio volte a ser atrativos para dos clubes, nem que seja em momentos especiais – como foram vários ao longo da sua história.
Como esquecer Vila Nova x América Mineiro pela Série B de 1999, Goiás x Independiente na decisão da Copa Sulamericana, Atlético x Goiás na decisão do Campeonato Goiano em 2007, jogos da Seleção Brasileira e de grandes clubes do Brasil, com desfile de craques.
O Serra já recebeu Pelé, Maradona, Zico, Ronaldo, Romário, Sócrates, Reinaldo, Rivelino, Ronaldinho, Neymar, Kaká, Lincoln, Araújo, Túlio Maravilha, Roni, Anaílson, Valdeir, Júlio César, Pastoril, Luvanor, Zé Henrique, Uidemar e tantos outros craques.