Na entrevista coletiva do governador de Goiás hoje, 27/12, Marconi Perillo (PSDB) foi Marconi Perillo, como sempre. No tempo de quase uma hora e meia, poucas perguntas, e muita saliva gasta pelo entrevistado. Não foi diferente desta vez. Mas, pelo menos, diferente do balanço do governo do dia 20 passado, no CCON, algumas perguntas foram feitas. Cada veículo podia fazer uma pergunta, sem direito a réplica. E poderia voltar depois que outros perguntassem.
“Este foi um ano atípico”, avaliou Perillo, por causa das greves dos professores e da polícia. Mais uma vez, relatou o impacto do piso salarial dos professores em valor superior a 500 milhões de reais.
Perillo reclamou do gasto de R$1,260 bi com os aumentos dados aos salários dos servidores públicos e da redução de R$150 milhões na arrecadação do Fundo de Participação dos Estados por causa da redução do IPI. E reclamnou da obrigação dada pela Emenda 29 que obrigou um desembolso a mais para a saúde R$350 milhões da saúde. E do aumento no desembolso de R$300 milhões para o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).
Numa alfinetada ao ex-governo de Alcides Rodrigues, Perillo ressaltou que a Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (AGETOP) chega ao fim do ano com dívidas em valores insignificantes.
Se há uma especialidade em que o governador Marconi Perillo poderia dar aula é falar de números do Estado de Goiás. Ele tem todos na ponta da língua. O governador afirmou que o IPASGO está pagando seus prestadores de serviços com 45 dias de prazo, após a apresentação da fatura. E vai anunciar o pagamento em 30 dias, nesta sexta.
O aumento da contribuição do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás é medida nada agradável para o salário da categoria, mas foi ressaltada como “iniciativa corajosa” por Marconi Perillo. “Ou se toma a providência agora, ou teremos problemas muito graves no futuro”, justificou.
CPMI – “Eu não tenho qualquer resquício de rancor”(Em relação ao presidente Lula), disse Perillo, questionado sobre o saldo de tudo que aconteceu no ano em relação à Comissão Parlamentar Mista (CPMI) do Cachoeira.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .