O Comitê Olímpico Internacional (COI) se manifestou nesta sexta-feira (8) a respeito das acusações sobre a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica em 2009. Por meio do Twitter, a entidade publicou um comunicado explicando que “leva a sério e observa de perto” o andamento das investigações.
“O COI está comprometido com a integridade da nossa organização”, diz o texto. “Por esses motivos, integramos o inquérito de um promotor francês mais de um ano atrás como partido civil. Isso significa que estamos fazendo de tudo para que tudo seja esclarecido.”
A entidade ainda afirmou que seu próprio Comitê de Ética acompanha o caso e que medidas e punições serão tomadas uma vez que evidências de irregularidades forem confirmadas. O texto foi assinado pelo presidente Thomas Bach, no cargo desde 2013.
De acordo com o que foi divulgado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro na última terça-feira (5), o ex-governador carioca Sérgio Cabral teria pago US$ 2 milhões em outubro de 2009 para comprar voto na escolha da capital do Estado como sede olímpica. O montante teria sido repassado para o então presidente da Federação Internacional de Atletismo, o senegalês Lamine Diack, que tinha direito a voto.
Ao longo da semana, a Polícia Federal tocou a operação Unfair Play, desdobramento da Lava Jato que investiga a compra de votos e pagamento de propinas na escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016.
Dentre as ações tomadas pela PF esteve o mandado de busca e apreensão na casa do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, e na própria sede da entidade.
Nuzman teve dois carros e R$ 480 mil em espécie (divididos em vários tipos de moedas) apreendidos na operação. Levado para depoimento, o presidente do COB permaneceu em silêncio. (Folhapress)
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