21 de dezembro de 2024
Leandro Mazzini

Coca boliviana rende US$ 12 bi; 80% para o Brasil

 

Do ex-ministro da Justiça da Bolívia Luiz Vazquez para a coluna: hoje, 54 mil famílias vivem da plantação legal de coca – cerca de 200 mil pessoas – cujo plantio é voltado exclusivamente para a fabricação da droga em refinarias. A cocaína boliviana já atingiu 99% de pureza e são comercializadas 250 toneladas por ano – 80% disso para o Brasil, e os outros 20% para Estados Unidos e Argentina. A o quilo da droga boliviana vale duas vezes e meia o quilo do ouro. Isso remete a US$ 12,7 bilhões por ano em negócios escusos. Os dados inéditos serão revelados em breve por parlamentar boliviana.


 

Enterro da batata
Há solução? Na gestão de Vazquez, opositor de Evo, iniciou incentivo a plantio de batatas e legumes. O dinheiro sujo e o incentivo de Evo Morales irrigou mais alto.

Logo ali
É que, com droga valendo mais que dobro do ouro, ninguém quer plantar batata.. Na Colômbia há indícios de números piores: são 600 toneladas por ano da droga.

Em campo
Aliás, o ex-presidente da Bolívia Jorge Quiroga surpreendeu interlocutores em Brasília. Sabe de cor todas as seleções brasileiras de futebol desde 70 – a que considera melhor.

Raios X do campo
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, garantiu para 2014 o Cadastro Ambiental Rural. Sai no D.O. de amanhã a renovação de acordo, por R$ 28,9 milhões, para uso de satélites cujas imagens mapearão os 8 milhões de quilômetros quadrados do País. Elas definirão as áreas de preservação permanente de 5 milhões de propriedades.

Retrato do Brasil
A definição das áreas é exigência do novo Código Florestal. Além de servir de base para o cadastramento, as imagens estarão disponíveis em banco de dados para prefeituras e governos, que terão economia de até R$ 400 milhões por evitarem aluguel de satélite.

Poder & Poema
Zeit der Widrikeiten, ou ‘Poemas do Povo da Noite’, de autoria do escritor e atual secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira, foi relançado na Feira de Frankfurt. Ex-militante da ALN e preso político, seus livros já foram traduzidos para vários países.

Feira de BSB
Inspirada na Feira de Frankfurt, Brasília realizará em Abril de 2014 a sua 2ª Bienal Brasil do Livro e da Literatura, com apoio dos alemães.

Gabinete$
Começou corrida de servidores da Câmara para chefia de gabinetes das lideranças do PROS e Solidariedade – que também assediam funcionários dos concorrentes.

Guerra dos gêneros
O deputado evangélico João Campos (PSDB-GO), o autor do projeto da ‘Cura Gay’, conseguiu barrar por questão de ordem a criação de uma subcomissão de Direitos Humanos na Comissão de Cultura. Ideia dos opositores a Feliciano (PSC-SP).

Grito da minoria
A decisão deixou revoltados os deputados autores Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ). Vão cobrar explicações ao presidente Henrique Alves, por terem direito regimental à oficialização da subcomissão.

AeroPib
Depois da estreia da Air France, de olho no maior PIB per capita do País, a Lufthansa, da Alemanha, e a Qatar Airways já negociam com o governo e a Inframérica a inauguração de rotas a partir de Brasília.

Alívio, por ora
Em meio ao tiroteio sobre Sérgio Cabral, o PMDB do Rio recebeu pesquisa que animou o partido. Nela, surgiu melhor nas sondagens o vice, Luiz Pezão, candidato à sucessão. E descolado da crise de imagem que aquartela o padrinho no Palácio.

Maldade
O governo acerta em enquadrar os hotéis. Parte da hotelaria do Rio, segunda maior porta de entrada do Brasil, bloqueou reservas para 2014. Para vendê-las na bacia das almas e faturar alto.

Driblando
Revelação da literatura de ficção, o escritor Sérgio Rodrigues lança o romance ‘O drible’ (Cia das Letras), em São Paulo, na Terça, na Cultura do Conjunto Nacional.

Ponto Final
Quando será que Evo vai plantar uma batata, hein?
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Com Equipe DF e SP

 


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