A queda na cobertura vacinal em crianças e adolescentes tem preocupado as autoridades de Saúde em Goiás. Por conta do baixo índice, o Governo Federal prorrogou, até esta sexta-feira (30), a campanha contra poliomelite para crianças de 1 a cinco anos, e de multivacinação.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), disse que vem apoiando e incentivando os municípios na busca da população alvo para a vacinação. Até o momento, de acordo com a pasta, as coberturas vacinais, especialmente contra a Poliomielite, estão abaixo da meta recomendada pelo Ministério da Saúde.
A Campanha Nacional foi prorrogada com o objetivo de melhorar as coberturas vacinais. Todos os municípios estão orientados quanto à importância da melhoria das coberturas vacinais e vem realizando ações para atingir o objetivo. A Campanha Xô dodói está sendo veiculada nas mídias e o envolvimento da Secretaria de Educação está sendo importante para sensibilização dos pais e das crianças para a vacinação.
Ainda de acordo com a pasta, foram distribuídas 186.250 doses da vacina contra Poliomielite (VOP) e 78.600 doses da vacina Poliomielite Inativada (VIP). O último caso de poliomielite confirmado em Goiás e no país foi em 1989. De 1990 a 1994 não houve registro de mais nenhum caso no Brasil, e em 1994 o país recebeu o certificado de erradicação da pólio.
Em Goiás, no período de janeiro a setembro de 2022 houve 10 casos suspeitos notificados e todos já descartados no sistema oficial do Ministério da Saúde (SINAN). A SES-GO Ressalta ainda que faz parte da rotina de vigilância do agravo notificar e investigar todos os casos de paralisia flácida Aguda em menores de 15 anos de idade, visando identificar precocemente possíveis casos de poliomielite nessa população.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, somente 20 municípios goianos conseguiram imunizar 100% do público alvo para a poliomielite. No caso da multivacinação, Flúvia explica que não há meta a ser alcançada porque se trata de atualização do cartão de vacina, mas, segundo ela, o ideal é cobertura de 90% da população com as faixas etárias pré-determinadas.
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