O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviou dados à CPMI do dia 8 de Janeiro com a movimentação do sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, que atuava na equipe dos ajudantes de ordem de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o relatório requerido pelo senador Jorge Kajuro (PSB-GO), cerca de R$3,34 milhões foram movimentados na conta do sargento, entre os dias 1 de fevereiro de 2022 e 8 de maio de 2023.
O documento ainda informa que Luis era remunerado com um salário de R$13,3 mil e recebeu dezenas de depósitos no período, repassando parte dos recursos ao tenente-coronel Mauro Cid, principal auxiliar de Bolsonaro.
Os dois militares movimentaram cerca de R$7 milhões, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que informou sobre incompatibilidade com a renda do militar, considerando as transações como indícios de possível lavagem de dinheiro.
Reis foi preso pela Polícia Federal em maio na operação sobre fraude em cartões de vacinação, incluindo o de Jair Bolsonaro. Cid também foi detido na mesma ação da PF.
Segundo dados do Coaf, as transações de Mauro Cid já haviam indicado que o sargento Reis tinha repassado, no intervalo de três meses, R$ 82 mil ao seu superior. Segundo o Uol Notícias, o relatório registra que o salário mensal do sargento era de R$ 13,3 mil, incompatível para justificar os repasses que ele fez.
“Considerando a movimentação atípica, sem clara justificativa, e as citações desabonadoras em mídia, tanto do analisado quanto do principal beneficiário, comunicamos pela possibilidade de constituir-se em indícios do crime de lavagem de dinheiro”, diz o relatório do Coaf. O Estadão não havia localizado a defesa do sargento até a noite de ontem.
Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Uol Notícias.
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