22 de novembro de 2024
Investigação

Coaf identifica movimentação suspeita de R$3,3 milhões em conta de militares auxiliares de Bolsonaro

Movimentação não condiz com salário de militares
Relatório informa que movimentação não condiz com salário de militares auxiliares de Jair Bolsonaro (Foto divulgação / Ilustração).
Relatório informa que movimentação não condiz com salário de militares auxiliares de Jair Bolsonaro (Foto divulgação / Ilustração).

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviou dados à CPMI do dia 8 de Janeiro com a movimentação do sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, que atuava na equipe dos ajudantes de ordem de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o relatório requerido pelo senador Jorge Kajuro (PSB-GO), cerca de R$3,34 milhões foram movimentados na conta do sargento, entre os dias 1 de fevereiro de 2022 e 8 de maio de 2023.

O documento ainda informa que Luis era remunerado com um salário de R$13,3 mil e recebeu dezenas de depósitos no período, repassando parte dos recursos ao tenente-coronel Mauro Cid, principal auxiliar de Bolsonaro.

Os dois militares movimentaram cerca de R$7 milhões, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que informou sobre incompatibilidade com a renda do militar, considerando as transações como indícios de possível lavagem de dinheiro.

Reis foi preso pela Polícia Federal em maio na operação sobre fraude em cartões de vacinação, incluindo o de Jair Bolsonaro. Cid também foi detido na mesma ação da PF.

Segundo dados do Coaf, as transações de Mauro Cid já haviam indicado que o sargento Reis tinha repassado, no intervalo de três meses, R$ 82 mil ao seu superior. Segundo o Uol Notícias, o relatório registra que o salário mensal do sargento era de R$ 13,3 mil, incompatível para justificar os repasses que ele fez.

“Considerando a movimentação atípica, sem clara justificativa, e as citações desabonadoras em mídia, tanto do analisado quanto do principal beneficiário, comunicamos pela possibilidade de constituir-se em indícios do crime de lavagem de dinheiro”, diz o relatório do Coaf. O Estadão não havia localizado a defesa do sargento até a noite de ontem.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Uol Notícias.

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