23 de novembro de 2024
Brasil

Ciro diz que bancos podem refinanciar dívida para tirar nome do brasileiro do SPC

Ciro Gomes (PDT). (Foto: Band Jornalismo)
Ciro Gomes (PDT). (Foto: Band Jornalismo)

O candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, manteve nesta sexta (10) a promessa de “limpar o nome do brasileiro do SPC” (Serviço de Proteção ao Crédito) e disse, em São Paulo, que os bancos públicos e privados podem refinanciar parte desta dívida para o cidadão.

“Trata-se de entender o volume da dívida que humilha 63 milhões de pessoas, de descontar do volume dessa dívida, com a mediação poderosa de um governo que sabe o que está fazendo, todos os desaforos, juros sobre juros, correção monetária, multas etc etc e refinanciar o que sobrar”, disse Ciro, após o evento Diálogos Educação Já, promovido pelo movimento Todos pela Educação em parceria com a Folha de S.Paulo.

Segundo ele, quando se toma essas medidas, a dívida média passa a ser de R$ 1.400 por cidadão.

“Você acha que não tem condições de o Banco do Brasil, a Caixa Econômica ou mesmo a rede privada, se eu afrouxar um pouco os compulsórios, de refinanciar R$ 1.400 para você limpar o seu nome do SPC?”, afirmou a jornalistas.

No debate promovido pela Bandeirantes, na noite anterior, Ciro já tinha prometido tirar o nome do brasileiro do SPC -proposta que chegou a virar meme nas redes sociais.

Questionado, no entanto, se o seu projeto passaria por uma redução nos compulsórios, Ciro tergiversou. “Estou só dizendo que é um projeto que está estudado, que eu sei o que tem que fazer e quero muito que meus adversários botem defeito nisso porque eu vou limpar o nome do brasileiro do SPC”, afirmou.

Ciro disse que quer ver o tema se tornar “um hit”. “Eu quero é que esculhambe mais, eu quero que bote mais dúvida, eu quero transformar isso num hit e já estou conseguindo.”

Doce de coco

Questionado sobre seu desempenho no debate da véspera, no qual ele manteve um tom mais brando que outros candidatos, como o Cabo Daciolo (Patriotas) e Jair Bolsonaro (PSL), Ciro disse que é preciso ser “muito delicado” com o povo brasileiro neste momento e negou o temperamento explosivo.

“Esse monstro que criaram ao meu redor, da minha imagem, não guarda a menor coerência com a minha vida. Eu sou um doce de coco, pode acreditar nisso. Mas eu sei brigar”, disse.

O ex-governador do Ceará afirmou que vai procurar ser respeitoso e cuidadoso nos próximos debates, porque a população já está muito machucada e descrente.

“Ontem eu consegui ser duro, em certos momentos, sem levantar a voz, sem ser grosseiro, porque não precisa ser.” (Folhapress) 

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