Cinco suspeitos de incendiar o Fórum de Goiatuba foram apresentados pela Polícia Civil nesta sexta-feira (2). De acordo com as investigações, os cinco são responsáveis pelo crime que destruiu aproximadamente 10 mil processos, além de equipamentos e parte da estrutura do prédio.
Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de incêndio qualificado doloso, latrocínio tentado, dano, supressão de documentos e associação criminosa.
Segundo o responsável pelas investigações, delegado Gustavo Carlos Ferreira, o mandante do crime era Waldemar Tassara Macedo, que premeditou a ação após ser condenado por homicídio qualificado.
Investigação
Um dia antes do crime, a juíza local determinou a emissão de um mandado de prisão em desfavor de Waldemar. Em seguida, o suspeito contratou Selmo Felizardo, Thales Miranda Rudieri Albertini para incendiar o Fórum. O quinto suspeito foi preso por receptação, que estava com o celular do vigilante que foi rendido pelos criminosos.
“A Polícia Civil de Goiás é uma das polícias que mais apresenta resultados do país, tem um alto índice de resolutividade”, afirmou o secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP-GO), José Eliton.
Para o desembargador Luiz Cláudio Veiga, “o Tribunal de Justiça está empenhado na reconstrução dos processos e prosseguir com as demandas”.
A suspeita é de que Waldemar tenha pagado R$ 10 mil para cada comparsa. “Além de pegar o dinheiro do Waldemar os dois outros executores também aderiram àquela conduta para poder roubar armas que eles acreditavam estar no Fórum”, reforçou Gustavo Carlos.
Além disso, a polícia apura a possibilidade de que o mandante seja agiota. A caminhonete de Waldemar, utilizada por Selmo para levar os criminosos ao Fórum, foi apreendida pela Polícia Civil.
Entenda o caso
O Fórum Municipal de Goiatuba foi incendiado na madrugada do dia 10 de agosto. De acordo com as informações da Polícia Militar à época, dois homens encapuzados chegaram ao local, renderam o vigilante e atearam fogo no prédio.
Os criminosos ainda levaram o colete antibalístico e o celular do homem que fazia a segurança do local. O Fórum funciona de forma provisória no auditório cedido pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba (Facfich).
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