A partir do dia 10 de abril, próxima quarta-feira (10), turistas vindos da Austrália, Canadá e Estados Unidos terão que apresentar visto para entrarem no Brasil. A medida de apresentação do documento será válida para entrada no país via fronteiras marítima, aérea e terrestre.
A obrigatoriedade do visto para turistas advindos destes países segue a determinação do Decreto nº 11.875/2024. A exigência do visto derruba a decisão do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que em 2019, dispensou a obrigatoriedade de apresentação do documento a turistas norte-americanos, canadenses, australianos e japoneses, no território brasileiro. A medida foi adotada somente no Brasil, levando a ser uma restrição unilateral.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) destacou que a diplomacia brasileira está baseada na reciprocidade de ações, como na exigência de vistos. Nesse sentido, somente o Japão retribuiu a decisão, passando também a não exigir os vistos a brasileiros que entram no país, medida adotada em 2023.
Como tirar o visto brasileiro
Para entrarem no Brasil, os turistas canadenses, norte-americanos e australianos deverão apresentar o visto eletrônico chamado e-Visa. O documento pode ser solicitado por meio da plataforma: https://brazil.vfsevisa.com, pagando o valor de US$ 80,90 para emissão.
O visto é 100% eletrônico e dispensa o comparecimento do interessado a consulados brasileiros. O requerente pode apresentar a documentação necessária para retirar o visto por via totalmente digital, por uploads de imagens e foto recentes, e receberá o visto eletronicamente, por e-mail. Para entrar no Brasil, precisará apresentar apenas o passaporte válido e uma cópia impressa do visto temporário.
As novas regras serão aplicadas para quem permanecer em território brasileiro por até 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo período, desde que não ultrapassem 180 dias a cada 12 meses. Por fim, o e-Visa permitirá múltiplas entradas e terá o mesmo prazo de validade dos vistos convencionais: dez anos para norte-americanos e cinco anos para canadenses e australianos.
Com informações da Agência Brasil
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