Por Bruno Accorsi, especial para a AE
Nove anos depois de vencer a Liga dos Campeões da Europa pela primeira vez, em 2012, o Chelsea voltou a levantar a taça mais desejada do futebol europeu neste sábado ao vencer o Manchester City em final inglesa disputada no estádio do Dragão, na Cidade do Porto, em Portugal. Com uma atuação defensiva segura, o time comandado pelo técnico alemão Thomas Tuchel contou com um gol de Harvetz, aos 42 minutos do primeiro tempo, para garantir o bicampeonato.
Do outro lado, o Manchester City adia o sonho de fazer como o rival fez em 2012 e conquistar o título inédito. Estreante na final da competição, o atual campeão inglês terá que esperar a próxima temporada para tentar mais uma vez alcançar a glória do feito histórico.
Antes de a bola rolar, a ansiedade do torcedor do Manchester City disparou diante da divulgação da escalação montada pelo técnico espanhol Pep Guardiola sem os volantes Fernandinho e Rodri. Além disso, Zinchenko foi mantido na lateral esquerda no lugar de Cancelo, após boas atuações nas semifinais. A principal surpresa foi a escolha de começar com Sterling como titular.
Apesar do impacto inicial, a escalação inusitada não chegou a afetar muito o Chelsea, tanto que a partida começou com certo equilíbrio. O primeiro goleiro a trabalhar foi Mendy, que salvou o time londrino aos sete minutos, quando saiu do gol para impedir finalização cara a cara de Sterling.
Depois disso, o Chelsea passou a frequentar mais o campo de ataque e desperdiçou boas chances com Timo Werner, aos 13 e aos 14 minutos. A pressão continuou e, após dois minutos, Kanté também teve sua chance, de cabeça, mas mandou para fora. Enquanto isso, a equipe de Guardiola não conseguia encontrar espaços para criar jogadas ofensivas.
O Manchester City chegou a ter um momento mais incisivo após a segunda metade da etapa inicial, mas esbarrou em intervenções certeiras da defesa adversária. Assim, o Chelsea continuou melhor e conseguiu encontrar o caminho antes do intervalo. Aos 42 minutos, Mount enfiou lindo passe para Harvetz, que saiu na frente de Ederson, limpou o goleiro brasileiro e mandou para a rede. Pouco antes disso, o zagueiro Thiago Silva saiu de campo com um problema na virilha.
No segundo tempo, o Manchester City se esforçou para manter a posse de bola e, mesmo com dificuldades para encontrar espaços, conseguiu pressionar. Bem posicionada na defesa, a equipe de Londres evitava que as jogadas adversárias evoluíssem. Por outro lado, sofria para encaixar os esperados contra-ataques para tentar matar o jogo.
Quando o contragolpe encaixou, aos 27 minutos, o Chelsea quase ampliou. No lance, Pulisic recebeu belo passe de Harvetz e finalizou para fora. Outra chance foi desperdiçada por Jorginho, aos 36. A configuração na maior parte da partida, no entanto, foi a seguinte: Manchester City atacando e Chelsea defendendo muito bem, com atuações individuais brilhantes na marcação. Kanté foi o grande destaque nos desarmes.
Mesmo com as entradas de Fernadinho, Gabriel Jesus e Sergio Aguero, essa última muito pedida pela torcida, o Manchester City não conseguia atacar com qualidade. O time manteve a posse de bola por todo o segundo tempo, porém sem apresentar grandes riscos ao Chelsea. Sem deixar que o adversário penetrasse, a equipe londrina aguentou até o fim e garantiu a segunda taça da Liga dos Campeões.
FICHA TÉCNICA
MANCHESTER CITY 0 x 1 CHELSEA
MANCHESTER CITY – Ederson; Walker, Stones, Rúben Dias e Zinchenko; Gündogan, De Bruyne (Gabriel Jesus) e Bernardo Silva (Fernandinho); Sterling (Aguero), Mahrez e Foden. Técnico: Pep Guardiola.
CHELSEA – Mendy; Azpilicueta, Thiago Silva (Christensen), Rüdiger e James; Jorginho, Kanté, Chilwell, Harvetz e Mount (Kovacic); Werner (Pulisisc). Técnico: Tomas Tuchel.
GOL – Harvertz, aos 42 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS – Gündogan e Gabriel Jesus (Manchester City); Rüdiger (Chelsea).
ÁRBITRO – Antonio Miguel Mateu Lahoz (Fifa-Espanha).
RENDA – Não divulgada.
PÚBLICO – 14.110 torcedores.
LOCAL – Estádio do Dragão, na Cidade do Porto, em Portugal.
(Conteúdo Estadão)
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