22 de dezembro de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 01:15

Chelsea Manning, presa por vazar dados ao Wikileaks, é liberada

Chelsea Manning, ainda indentificada como Bradley (à esq), e vestida de mulher em foto de 2010
Chelsea Manning, ainda indentificada como Bradley (à esq), e vestida de mulher em foto de 2010

Após passar sete anos na prisão por vazar dados das Forçar Armadas dos Estados Unidos e ter sua pena reduzida, Chelsea Manning foi libertada nesta quarta-feira (17).

Manning foi presa e 2010 e posteriormente condenada a 35 anos de prisão por vazar para o site Wikileaks documentos do Exército que ela coletou enquanto servia no Iraque. Um deles é um vídeo que mostra um helicóptero dos EUA matando vários civis em Bagdá, em 2007.

Em seus últimos dias na Presidência dos Estados Unidos, em janeiro, Barack Obama autorizou a redução de pena de Manning. A concessão de perdão e redução de pena é uma das prerrogativas presidenciais.

Manning se identifica como mulher transexual e ficou detida em uma prisão militar masculina em Fort Leavenworth, no Estado americano do Kansas. Ela tentou se suicidar duas vezes no ano passado.

Em nota divulgada na semana passada, Manning agradeceu ao ex-presidente e ao apoio de outras pessoas trangênero.

“Pela primeira vez, posso ver meu futuro como Chelsea”, afirmou. “Eu consigo imaginar como é sobreviver e viver como a pessoa que sou e finalmente estar no mundo aí fora. Liberdade era algo com que eu sonhava mas nunca me permiti imaginar totalmente.”

Após sua libertação, Manning permanecerá ativa nas Forças Armadas, mas será liberada na condição de excesso de contingente enquanto espera a reversão de sua condenação em corte militar. Ela não receberá salário, mas terá acesso a tratamento de saúde.

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