14 de agosto de 2024
Brasil

“Chega de especialistas”, afirma Bolsonaro sobre fim de radares móveis. “Ao meu ver, não está sendo adequado”

(Foto: Reprodução/TV Brasil)
(Foto: Reprodução/TV Brasil)

Ao anunciar que tomou a decisão de acabar com os radares móveis em rodovias federais, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) insinuou que deixou de lado a opinião e os estudos de especialistas e técnicos de trânsito. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (12/08) no Rio Grande do Sul. “O uso (de radares móveis) não está sendo adequado, no meu entender não está sendo adequado”, mencionou.

Bolsonaro concedia entrevista coletiva quando um repórter questionou se o anúncio que havia dado um pouco mais cedo foi embasada de estudos da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O presidente respondeu aparentemente irritado: “Consultei muita gente, agora, o uso não tá sendo no meu entender adequado, então, vai estar suspenso até a segunda ordem isso aí. Chega de estudiosos e especialistas que só fazem assaltar o contribuinte. Tô tentando acabar com os radares fixos também mas tô com problema na Justiça e eu quero é dar liberdade para o povo e aquele que se excede a Polícia pode pará-lo sim e aplicar a multa que merece. No que depender de mim, isso vai acabar”.

A “briga” que Bolsonaro se refere começou em abril, a juíza Diana Wanderlei, da 5ª Vara Federal em Brasília, determinou que a União não retire dispositivos eletrônicos, frustando os planos do presidente da República.

Isso porque no final de março, ele anunciou que estava cancelando a instalação mais de 8 mil novos radares eletrônicos em rodovia federais.

Desde esse dia, ele tem defendido em lives e entrevistas o fim dos radares eletrônicos de forma gradativa. “Não teremos mais nenhuma nova lombada eletrônica no Brasil. As lombadas que por ventura existem não serão renovadas”, afirmou em uma live no dia 8 de março.

Questionado se a Polícia concorda ou não com a medida, Bolsonaro disparou: “O presidente da República é o chefe supremo das forças armadas e também da polícia”.


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