A alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, condenou nesta segunda-feira (29/07), a morte de um índio na Aldeia Mariry, no Amapá. Segundo a Reuters, Bachelet fez um pedido ao governo Bolsonaro, de que reconsidere sua proposta de abrir mais áreas da Amazônia para mineração.
Emyra Waiãpi, de 62 anos, é um dos líderes do povo Waiãpi, cujos indígenas denunciaram no sábado (27/07) a invasão por garimpeiros. Aikyry Waiãpi, filho de Emyra, diz que ele morreu em confronto com os invasores.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministério Público Federal (MPF) estão investigando as circunstâncias da morte e tratam com cautela o caso ocorrido no dia 23.
O presidente Bolsonaro disse nesta segunda que, até o momento, não teve “nenhum indício forte” de que o índio tenha sido assassinado. (As informações são do jornal O Globo).
Bachelet disse ainda que a morte do indígena é um “sintoma perturbador do crescente problema de invasão de terras indígenas, especialmente florestas por mineiros, madeireiros e fazendeiros no Brasil”, disse em comunicado.
“Exorto o governo do Brasil a agir de forma decisiva para deter a invasão dos territórios indígenas e garantir o exercício pacífico de seus direitos coletivos sobre suas terras”, acrescentou Bachelet.
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