19 de novembro de 2024
Entretenimento

Charlie Hunnam e Robert Pattinson exploram Amazônia em novo filme

Charlie Hunnam e Robert Pattinson se embrenham pela floresta amazônica em “The Lost City of Z”, novo longa do diretor americano James Gray (“Era uma Vez em Nova York”) que tenta reconstruir as expedições que o inglês Percy Fawcett fez à região no começo do século 20 e que são fonte de inspiração para o personagem Indiana Jones.

Tom Holland, ator que será o novo Homem-Aranha, também embarca numa das explorações mostradas no filme, que foi exibido nesta segunda (13) no Festival de Berlim, fora da competição principal.

Em 1925, Fawcett desapareceu na Amazônia, nas proximidades de onde hoje fica o Estado do Mato Grosso, em sua terceira expedição para encontrar o que ele acreditava ser uma civilização perdida – a cidade de Z do título.

Hunnam (da série “Filhos da Anarquia”) interpreta Fawcett, militar inglês que topou com vestígios do que ele julgou ter sido uma civilização avançada após aceitar a missão de cartografar a selva na então disputada fronteira entre Brasil e Bolívia. Holland faz seu filho. E Pattinson, um companheiro explorador.

O diretor diz que tentou reproduzir fielmente a história de Fawcett e filmar nos locais em que os fatos se deram, no Brasil. “Mas a região hoje está coberta por plantações de soja. Se eu filmasse ali, pareceria que o filme se passa no Nebraska”, disse Gray na coletiva de imprensa seguinte à exibição do filme.

A equipe acabou escolhendo a selva colombiana, próximo à fronteira com a Venezuela, para a locação -mata fechada com direito a “aranhas venenosas que subiam pelas costas”, segundo Hunnam.

Diversas passagens do longa remetem a dois clássicos do diretor alemão Werner Herzog: “Fitzcarraldo” (1982) e, principalmente, “Aguirre, A Cólera dos Deuses” (1972). Desse último, mantém a mesma atmosfera de perigo que ronda as margens dos rios amazônicos, apinhadas de índios hostis.

Gray embute um olhar progressista no personagem de Fawcett em suas observações sobre os nativos sul-americanos. A interpretação pode soar até um pouco anacrônica tendo em vista as aspirações imperialistas das explorações daquela época, mas injeta uma mensagem positiva para os tempos de hoje, segundo o diretor.

“Trata-se de uma visão mais relevante do que nunca. Essa onda de nacionalismos está varrendo o mundo e é sempre importante lembrar que nós, seres humanos de diferentes culturas, somos feitos do mesmo barro.” (Folhapress)

 


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