“O que foi negão. O que foi macaco”. Foram frases com cunho racista ouvidas pelo jogador Gustavo do time sub-20 do Atlético Clube Goianiense durante a partida contra o Trindade pelo Campeonato Goiano da categoria, realizado nesta quarta-feira (8), no Estádio Abrão Manoel da Costa, em Trindade.
“Foi quando eu paralisei, fiquei triste e sem reação. Meus companheiros relataram para o árbitro, até porque nem tive reação, foi a primeira vez que isso aconteceu comigo”, explicou Gustavo em entrevista à Rádio Sagres.
Os responsável pelas injúrias raciais de acordo com depoimento do atleta no GEACRI (Grupo Especializado no Atendimento à Vítima de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, foi o fisioterapeuta do Trindade (que não teve o nome revelado) que estava nas arquibancadas do estádio.
Todo o ocorrido também foi relatado na súmula da partida que foi comandada pelo árbitro Arthur Morais, inclusive a fuga do agressor após a chegada de policiais: “Após o ato de injúria, o jogo foi paralisado imediatamente e solicitado que o policiamento fosse até o indivíduo, que empreendeu fuga correndo do local. No momento, houve uma confusão e muitos jogadores das duas equipes saíram correndo em direção à saída do campo de jogo, na direção do indivíduo”.
O Atlético divulgou uma nota de repudio e espera que o caso termine em punição. “O Atlético Clube Goianiense irá prestar todo o amparo jurídico que o caso necessitar e também dará apoio psicológico para o atleta Gustavo e elenco Sub-20. O clube reitera a consternação com o caso e espera que as investigações sejam concluídas o mais rápido possível. Não há espaço para o racismo e a intolerância.”
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