Foram apresentadas alegações finais ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP–GO) pelo promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargo contra Paulo Henrique do Carmo Silva, acusado de participar do assassinado de quatro mulheres no setor Jardim Petrópolis, em Goiânia, em março deste ano. O crime ficou conhecido como a Chacina do Morro do Mendanha.
Foi requerida a prisão do acusado, apelidado de Dioclin, até o julgamento. Além disso, consta no documento o pedido de que ele seja levado a júri por homicídio triplamente qualificado. De acordo com o promotor, Paulo Henrique teve ajuda de dois menores, que vão responder processo no Juizado da Infância e da Juventude (JIJ). “O acusado e os menores planejaram matar as vítimas em razão de suspeitas de que estavam sendo delatados para a polícia”, afirma Maurício Gonçalves.
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CHACINA
De acordo com a ação, Ana Kelly Martins, 20 anos, Mylleide Morgana Lagario, 19 anos, Sinara Monteiro, 16 anos, e Rayane Kelly, 15 anos, eram usuárias de droga e as duas menores namoravam os suspeitos investigados pela JIJ.
Em uma das visitas de Sinara e Rayane à casa dos namorados, um dos menores pegou o celular de Rayane e viu uma mensagem que julgou ter sido enviada a um policial: “Estou em local impróprio, com pessoas impróprias e não posso te atender”.
Posteriormente, Paulo Henrique e os menores ligaram no número correspondente à mensagem enviada e reconheceram a voz de um policial que trabalhava na região. Em seguida, o crime foi planejado.
Após repercussão do crime, o acusado e os dois menores foram para a cidade de Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal, onde foram capturados por ordem judicial. Também foi apreendida a arma de fogo utilizada no dia do assassinato.
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