Muitos esmeraldinos estiveram no Aeroporto Santa Genoveva e recepcionaram o atacante Walter, considerado o maior ídolo recente da história do Goiás Esporte Clube. O jogador que foi apelidado de Tufão em sua primeira passagem na Serrinha trocou a elite do futebol nacional para disputar o Campeonato Brasileiro da Série B.
Qual o motivo levaria um profissional para fazer essa troca? Walter tem a explicação na ponta da língua: “É o amor e o mais importante é o amor. Sempre tive uma vontade muito grande de voltar e não importa se é Série A, B ou C”.
Neste sábado (27), o jogador foi apresentado oficialmente pela diretoria que promoveu o encontro do ídolo com alguns garotos das escolinhas.
Causou estranheza a troca de clube e divisão, mas a mudança tem razão. Walter era titular no Atlético-PR que não estava conseguindo honrar os compromissos financeiros com o Porto que emprestou o jogador ao clube paranaense. Foi aí que seus dirigentes procuraram o Goiás que nunca escondeu o interesse em ter de volta seu ídolo. Em poucos dias o negócio foi fechado e o Tufão, apelido que ele ganhou do torcedor do Verdão, voltou a equipe que deu a ele uma grande projeção nacional.
Indicado pelo técnico Enderson Moreira, Walter chegou em 2012 para reforçar o Goiás que estava na Série B do Brasileiro e o time que já contava com Ricardo Goulart, Egídio, Ernando, Harlei e Amaral chegou ao acesso e a conquista do título na competição.
No ano seguinte sua melhor temporada na carreira. Ele deitou e rolou com a camisa verde no Campeonato Goiano quando foi eleito o melhor jogador da competição. Liderou a equipe que chegou nas semifinais da Copa do Brasil e terminou a Série A do Campeonato Brasileiro na 6ª colocação.
Com a camisa do clube goiano foram 45 gols em 81 jogos. Sua permanência era um desejo de todos no Verdão, mas pesou o lado financeiro e o atleta foi parar no Rio de Janeiro para atuar no Fluminense. Por lá não conseguiu o sucesso alcançando no Goiás e foi cedido ao Atlético Paranaense sem chegar ao desempenho esperado.
Em situação delicada na tabela de classificação da Série B, o Goiás mesmo assim sonha ainda com o retorno a elite e deposita suas esperanças no futebol e principalmente nos gols de Walter que chega em uma negociação que é considerada a maior da história esmeraldina de acordo com o presidente Sérgio Rassi.
“Não foi um negócio fácil porque envolveu uma grande quantia financeira e existe a importância na contratação por se tratar de um jogador que agrada nosso torcedor e a agremiação”.
Durante sua apresentação, Walter respondeu perguntas do profissionais de imprensa e também de alguns sócios-torcedores do plano Nação Esmeraldina.
Recepção?
– Fiquei muito feliz desde o momento que cheguei no aeroporto e vi aquela torcida e na Serrinha do mesmo jeito com as crianças. Os funcionários e roupeiros, todos eles gostam de mim aqui. É agradecer o carinho de todos e dizer que eu me sinto em casa.
É o Walter de 2013?
– Fiz uma história muito bonita no Goiás em 2012 e 2013, mas isso é preciso esquecer. 2016 é outro, totalmente diferente e eu espero repetir um pouquinho daqueles anos que foram importantes para mim. Estou na minha melhor forma e tem tudo para dar certo. Vocês vão ver luta e muita vontade do Walter, mas sozinho eu não vou ganhar nada.
Elenco?
– Se você pegar nosso grupo ele é muito bom e tem só jogadores de nome. São quatro goleiros bons, tem atacantes, meias e zagueiros bons. É só encaixar.
Saída do Atlético-PR?
– Quando surgiu os boatos que eu estava vindo para cá, outros clubes já ligaram mostrando interesse. Ninguém acreditava que poderia sair do Atlético no meu melhor momento jogando e vir para uma Série B. Mas quando o presidente perguntou se queria vir para o Goiás eu não pensei duas vezes.
Bola na rede?
– Eu sempre falo que nunca fui um jogador de fazer muitos gols, mas aqui em Goiás as bolas começaram a entrar e minha média é muito boa. Eu posso chegar a mais de 100 jogos aqui e a mais de 45 gols.
Peso?
– Fiz o teste de percentual de gordura e o resultado foi muito bom. Eu sempre penso em baixar o peso e jamais vou deixar subir. Eu coloquei uma meta em 2016 que foi para minha carreira e podem ter certeza que tenho 27 anos e quero algo maior para mim. Tenho qualidade para buscar isso.
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